VATICANO, 18 de nov de 2016 às 13:00
Em uma entrevista publicada hoje no jornal ‘Avvenire’, dos bispos italianos, o Papa Francisco explicou como surgiu a ideia do Jubileu da Misericórdia, sob a inspiração do Espírito Santo.
“Simplesmente fiz aquilo que o Espírito Santo me inspirava”, disse o Santo Padre e assinalou que “se trata somente ser dócil ao Espírito Santo, deixando que Ele faça”.
“A Igreja é o Evangelho, é a obra de Jesus Cristo, e na Igreja as coisas entram no momento adequado”, indicou.
O Ano da Misericórdia foi inaugurado em 8 de dezembro de 2015 e terminará no dia 20 de novembro, com o fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O Pontífice disse também que espera que este Ano da Misericórdia tenha permitido “que muitas pessoas descubram que Jesus as ama muito e que se deixem abraçar por Ele”.
“A misericórdia é o nome de Deus e também a sua fraqueza, seu ponto fraco”.
Para o Santo Padre, o Ano da Misericórdia “foi um processo que amadureceu com o passar do tempo por obra do Espírito Santo” desde o Concílio Vaticano II.
Neste sentido, o Papa indicou que a Igreja existe “como instrumento para comunicar aos homens a figura misericordiosa de Deus”.
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“No Concílio, a Igreja sentiu a responsabilidade de estar no mundo como um sinal vivo do amor do Pai”.
Francisco destacou também que ao menos um século deve passar para que o corpo da Igreja absorva bem os frutos de um Concílio e assinalou que “estamos na metade do tempo” depois do Vaticano II, concluído em 1965.
Em seguida, o Santo Padre se referiu a Lumen gentium, uma das quatro constituições promulgadas durante o Concílio Vaticano II, e assinalou que, com ela, a Igreja “ressalta as fontes da sua natureza: o Evangelho”.
Deste modo, disse, “move-se o eixo da concepção cristã de um certo legalismo, que pode ser ideológico, à pessoa de Deus, que se tornou misericórdia por meio da encarnação do seu Filho”.
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— ACI Digital (@acidigital) 16 de novembro de 2016