O Papa Francisco havia concedido pelo Ano da Misericórdia que quem se confessasse com sacerdotes da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX – lefebvristas) recebesse "validamente e licitamente a absolvição dos seus pecados”.

Agora, na Carta Apostólica “Misericordia et misera”, o Pontífice estende essa concessão “para o bem pastoral destes fiéis e confiando na boa vontade dos seus sacerdotes para que se possa recuperar, com a ajuda de Deus, a plena comunhão na Igreja Católica”.

Assim, Francisco estabelece “por minha própria decisão de estender esta faculdade para além do período jubilar, até novas disposições sobre o assunto, a fim de que a ninguém falte jamais o sinal sacramental da reconciliação através do perdão da Igreja”.

Em maio deste ano, o Papa Francisco falou sobre a possibilidade de estabelecer uma prelatura pessoal para a Fraternidade São Pio X, mas caso aceitem o Concílio Vaticano II.

Durante a entrevista, o jornalista perguntou ao Santo Padre se “estaria disposto a dar um status de prelatura pessoal” a FSSPX. “Seria uma solução possível – respondeu Francisco –, mas primeiro é necessário estabelecer com eles um acordo fundamental. O Concílio Vaticano II tem seu valor. Avançamos lentamente e com prudência”.

A FSSPX foi fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre em 1970, como resposta ao que descreve como os erros na Igreja depois do Concílio Vaticano II. Suas relações com a Santa Sé se tornaram mais tensas em 1988, quando Lefebvre consagrou quatro bispos sem permissão de São João Paulo II. A consagração ilícita teve como consequência a excomunhão dos cinco bispos.

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Em 2009, as excomunhões foram retiradas por Bento XVI e desde então as negociações entre a Sociedade e o Vaticano continuaram para “reencontrar a plena comunhão com a Igreja”.

Em abril, a Santa Sé e a FSSPX informaram que aconteceu um encontro informal entre o Papa Francisco e o superior geral dos lefebvristas, o bispo Bernard Fellay, no Vaticano.

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