O arcebispo de Canterbury e líder da Igreja anglicana, Justin Welby, instou a deixar de dizer que o grupo terrorista ISIS ou Estado islâmico “não tem nada a ver com o Islã”, já que ao fazer isso se danificam os esforços para lutar contra o extremismo.

Welby fez essa declaração em uma recente conferência no Instituto Católico de Paris, na França, onde recebeu um doutorado honoris causa.

A afirmação do arcebispo anglicano, assinala o jornal britânico ‘The Telegraph’, segue após uma série de pedidos de várias figuras públicas para não se referir ao ISIS ou Daesh como Estado Islâmico, porque, em sua opinião, suas táticas mortais são contrárias ao islã.

Na opinião do líder anglicano, os atentados terroristas perpetrados em Paris obrigam os europeus a compreender melhor a religião: “Para isso, as pessoas religiosas na Europa devem voltar a obter a capacidade de compartilhar o vocabulário religioso com o resto do continente”.

“Se tratamos a violência motivada pela religião apenas como um assunto de segurança ou como um assunto político, então, será extremamente difícil, se não impossível, superá-la”.

Por isso, indicou, “é necessária uma voz teológica como parte da resposta e não devemos ser tímidos para oferece-la”.

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Segundo Welby, isso “requer que abandonemos o argumento que se tornou incessantemente popular de dizer que o ISIS ‘não tem nada a ver com o Islã’”, ou que “a perseguição dos nacionalistas hindus contra os cristãos no sul da Índia não tem nada a ver com o hinduísmo”.

“Até que os líderes religiosos não assumam sua responsabilidade pelas ações daqueles que fazem coisas em nome de sua religião, não alcançaremos uma solução para isso”, sublinhou.

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