VATICANO, 28 de nov de 2016 às 13:30
“Mediante o vosso serviço, vós sois chamados a desempenhar uma função crítica em relação a estas perspectivas contrárias ao humano”, disse o Papa Francisco aos jovens voluntários do Serviço Civil Nacional italiano, aos quais recebeu em audiência no Vaticano, no dia 26.
Os jovens, disse o Santo Padre, tem “uma função profética capaz de demonstrar quanto seja ainda possível continuar a pensar e agir de maneira diferente”.
O Papa destacou diversas áreas de intervenção dos projetos do Serviço Civil que, conforme indicou, merecem uma atenção especial. Em primeiro lugar, a proteção do meio ambiente “tendo presente o critério de uma ecologia humana que permita reconhecer a relação entre o cuidado do meio ambiente e do homem”.
Porque as pessoas sofrem “as graves consequências da degradação do meio ambiente”, disse, “especialmente os pobres”.
“Outra área de ação na qual devem estar especialmente presentes – continuou o Pontífice – é no âmbito de ajuda aos refugiados e aos migrantes, os quais pedem ser socorridos e integrados no tecido social”.
Neste sentido, destacou e elogiou o compromisso da Itália. “A Itália é positivamente empenhada nesta obra. É um exemplo”, assinalou.
O Papa destacou também outros projetos educativos e assistenciais do Serviço Civil Italiano, “especialmente o acompanhamento das crianças, jovens, pessoas com deficiência, marginalizados, necessitados”.
Por outro lado, consolou as vítimas dos terremotos que destruíram o centro da Itália há poucos meses. “Nestes meses se requer um especial cuidado às pessoas afetadas pelo terremoto, por isso renovo a minha proximidade e carinho”, disse.
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Francisco assegurou aos jovens voluntários: “Vós sois uma força preciosa do país; o vosso contributo é indispensável para realizar o bem da sociedade, tendo em conta sobretudo os mais frágeis”.
O Papa recordou que “o projeto de uma sociedade solidária constitui um objetivo de cada comunidade civil que queira ser igualitária e fraterna”.
“Esta meta – advertiu – é traída cada vez que se assiste passivamente ao aumento das desigualdades entre as partes sociais ou entre as nações do mundo; quando se reduz a ajuda às faixas mais vulneráveis da população; quando se aceitam perigosas lógicas de rearmamento e são investidos preciosos recursos na compra de armas; ou ainda, quando o pobre se torna uma ameaça e ao invés de lhe estendermos a mão, o relegamos à sua miséria”.
Francisco assinalou que “todas estas atitudes uma ferida em nossa sociedade e cultura, incluindo critérios e praxis orientados à cultura da indiferença e da subjugação e que tornam mais pobre a vida não só de quem é discriminado, mas também de quem esquece ou discrimina”.
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— ACI Digital (@acidigital) 10 de maio de 2016