Chapecó, 7 de dez de 2016 às 16:00
Uma semana após a tragédia com o avião da Chapecoense, cerca de 2 mil pessoas participaram na terça-feira da Missa de sétimo dia em memória dos 71 falecidos no acidente aéreo. Como sublinhou a Diocese de Chapecó (SC) em seu Facebook, foi um momento “de rezar pela recuperação dos sobreviventes, pelas vítimas e suas famílias que enfrentam este período de luto pela perda”.
A celebração aconteceu na Praça Coronel Bertaso, em frente à Catedral de Santo Antônio. Foi presidida pelo Cardeal Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, e concelebrada pelo Bispo de Chapecó, Dom Odelir Magri, pelo Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönk, e pelo Bispo de Joaçada, Dom Mário Marquez.
Ao dirigir palavras de conforto aos presentes em sua homilia, o Cardeal Sérgio da Rocha sublinhou que “a torcida da Chape se tornou a maior do Brasil”.
“Todos nós nos tornamos seus admiradores. Em meio a tanta dor, tem florescido muita consciência. Nós sentimos como se muitos fossem de nossa casa”, declarou.
De acordo com o Purpurado, “os jogadores da Chape nos deixam laços valiosos para o mundo do esporte e para o país. O esforço generoso, a humildade, a honestidade, a dedicação incansável nunca serão esquecidos”.
“Precisamos agora da força do amor para superar as situações de morte”, acrescentou.
A emoção dos amigos e familiares das vítimas foi expressa por Daiane Pallaoro, filha do presidente do clube, Sandro Pallaoro, que também faleceu no acidente.
“Só a Chape é o segundo time de todos. O pequeno que encantou o mundo seria capaz de fazer o planeta inteiro parar para pensar nas coisas que realmente importam”, afirmou.
Em seguida, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida foi levada até o altar por um casal.
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No início da celebração, os nomes das 71 pessoas que morreram no acidente foram lidos. Também foram recordados os seis sobreviventes (dos quais quatro são brasileiros) e o povo colombiano, por sua solidariedade.
Além disso, as homenagens contarão com a participação das crianças da escolinha da Chapecoense. Com o uniforme do time, elas acenderam 71 velas em memória das vítimas fatais e, ao término da celebração, seguraram 71 valões verdes, sob os gritos de “vamos, vamos, Chape!”.
Os presentes também cantaram o hino do clube catarinense e gritos de “é campeão”, em referência a decisão anunciada pela Conmebol no último dia 5 de dezembro, que deu o título da Copa Sul-Americana à Chapecoense.
O acidente aéreo que vitimou jogadores, dirigentes e convidados da Chapecoense, além de profissionais da imprensa, aconteceu na madrugada do dia 29 de novembro, quando o clube viajava para a Colômbia para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional de Medellín.
Confira também:
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— ACI Digital (@acidigital) November 29, 2016