O Movimento Cristão Libertação (MCL) solicitou ao Parlamento Europeu que intervenha a favor do seu coordenador nacional, Eduardo Cardet, preso desde o dia 30 de novembro na prisão de Holguín (Cuba), e que peça ao governo comunista a sua “libertação imediata”.

“Pedimos que o Parlamento Europeu, por ocasião desta sessão onde será entregue o ‘Prêmio Sajarov pelos direitos humanos’, peça a libertação imediata do Dr. Eduardo Cardet e continue vigiando a fim de que os direitos humanos sejam respeitados em Cuba, garantia primária para que o país possa sair da espiral de violência que a ditadura impõe sobre as mulheres e homens de Cuba”, expressou o movimento.

A solicitação foi apresentada através de uma carta assinada pelo representante do MCL na Itália, Michele Trotta.

O texto recordou que o fundador do MCL, Oswaldo Payá Sardiñas, foi reconhecido com o Prêmio Sajarov em 2002 precisamente devido ao seu trabalho a favor dos direitos humanos e da transição pacífica de Cuba à democracia.

Oswaldo Payà, expressou Trotta, foi “assassinado no dia 22 de julho de 2012 por agentes da polícia por ordens dos irmãos Castro”; e Cardet, assinalou, é o sucessor de Payá Sardiñas “na condução do MCL em Cuba”.

A carta explicou aos parlamentares europeus que Cardet viajou aos Estados Unidos para se reunir com o prefeito de Miami, Tomás Regalado, para ilustrar a proposta do MCL “Um cubano, um voto”, para que “todo cubano, dentro e fora da ilha, possa participar do processo de mudança com seu voto”.

Entretanto, recordou que no dia 30 de novembro Cardet foi detido por agentes da Segurança do Estado e foi “sequestrado” violentamente por três dias, sem que a família tivesse notícias dele, somente no oitavo dia de isolamento pôde falar com a esposa e foi transferido para a prisão provincial de Holguín, onde foi preso arbitrariamente”.

“Eduardo Cardet foi castigado pelo regime, porque exerceu um direito civil básico”, expressou Trotta.

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A prisão de Cardet Concepção ultrapassou as fronteiras de Cuba e gerou o rechaço de instituições como a Organização Democrata Cristã da América (ODCA).

Além do Parlamento Europeu, o representante do MCL na Itália também enviou uma carta ao Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin.

“Eminência, em nome da nossa amizade e do respeito recíproco, peço-lhe intervir para salvar a vida deste homem e pelo que representa. O sentimento de impotência que nos assalta é imenso”, uma situação que também atravessam a esposa e os filhos, expressou.

Em sua carta ao Purpurado, Trotta assinalou que Fidel e Raúl Castro “não hesitaram um segundo em mandar matar” Oswaldo Payá, embora houvesse uma atenção internacional sobre o fundador do MCL.

Nesse sentido, advertiu que “Eduardo Cardet não tem esta cobertura internacional, portanto, diante do regime é ainda mais frágil”.

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