O grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) assumiu ontem a autoria do atentado suicida ocorrido no último domingo contra a catedral copta de São Marcos, no bairro de Al Abasiya, no Cairo (Egito), que causou a morte de 26 cristãos que participavam da Missa.

Segundo informações da Agência Reuters, o grupo fundamentalista fez o anúncio através de sua própria agência de notícias Amaq. O comunicado disse que o ataque foi cometido por Abu Abdallah al-Masri. O texto chamou de “cruzados” às vítimas e assegurou que “a guerra contra os politeístas continuará”.

O atentado ocorreu na capela de São Pedro e São Paulo, anexa à catedral copta de São Marcos, onde naquele momento os fiéis participavam da Eucaristia.

A comunidade copta representa aproximadamente 10% da população total do Egito, país majoritariamente islâmico, e sofre algumas limitações para o culto.

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Depois das revoltas de 2011 no contexto da chamada “primavera árabe”, os coptas sofreram inúmeros ataques por parte de incontrolados e fanáticos salafistas. O atual presidente do país, Abdelfatah Al-Sisi, se comprometeu em defender as minorias e pôr fim à discriminação que os cristãos sofrem tradicionalmente no Egito.

Nesse sentido, o governo egípcio condenou o atentado e declarou três dias de luto.

Por sua parte, o Papa Francisco telefonou na última segunda-feira para o Patriarca da Igreja Copta-Ortodoxa da Alexandria, Tawardos II, e expressou as suas condolências.

Segundo um comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, “sua Santidade expressou sua proximidade ao Patriarca e à comunidade copta duramente atingida, especialmente às mulheres e às crianças, que representam o maior número das vítimas”.

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