Cidade do México, 5 de jan de 2017 às 09:00
Em sua edição mais recente, o semanário católico ‘Desde la Fe’, da Arquidiocese Primaz do México, criticou o projeto de Constituição da Cidade do México, criticando a incoerência de permitir o aborto e conceder ao mesmo tempo “falsos direitos a animais”.
No artigo, intitulado “Cidade vegana”, ‘Desde la Fe’ assinalou que a Constituição da Cidade do México, que seria promulgada no máximo até janeiro deste ano, “será um catálogo de ideais baseados no consenso para satisfazer os grupos minoritários, favorecendo ideologias e aberrações que transbordarão o estritamente jurídico e vão impor o político”.
“A famosa carta dos direitos da Cidade do México tem mais lacunas do que justos reconhecimentos dos direitos fundamentais de acordo com o que foi estabelecido na Constituição Geral da República e dos Tratados Internacionais dos quais o nosso país faz parte”, assinalou.
Segundo o semanário católico mexicano, “a inclusão de todos” supostamente promovida pelos redatores da Constituição é algo “totalmente falso”.
“Assim demostrou-se desde o instante em que foram subitamente desprezados os projetos legislativos que organizações da sociedade civil e ativistas apresentaram à consideração da Assembleia Constituinte a fim de estabelecer o direito à vida dede o momento da concepção, que serviria como uma coluna vertebral para a nova Constituição”.
‘Desde la Fe’ denunciou que “os deputados abortistas de esquerda destacam as considerações feitas pelos ministros da Corte Suprema de Justiça da Nação, afirmando as falácias de livre determinação da pessoa e do direito que as mulheres têm de escolher sob o nome eufemístico de ‘interrupção legal da gravidez’”.
“Sob esta ótica, a Constituição reconhece como inaceitável este direito à vida por ser contra a ‘sentença’ da Corte, além de ser uma das ‘vitórias democráticas’ do sistema abortista da Cidade do México”.
O semanário assinalou as “incongruências” no texto do projeto de Constituição, entre eles que “os deputados constituintes pretendem dar um passe livre ao reconhecimento de direitos a ‘animais não humanos’ para defendê-los como seres vivos, com prerrogativas jurídicas, sujeitos de considerações morais, com um capítulo na carta de direitos por ‘terem dignidade inerente’”.
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Para ‘Desde la Fe’ “é mais desconcertante que uma Constituição privilegie falsos direitos a animais e ignore o embrião humano como pessoa”.
“Isso, em vez de tornar esta uma Constituição ‘avançada’, demonstra o populismo desmesurado e esquizofrênico dos liberais de esquerda, dando um passo para frente e dois para trás”.
Em seguida, ‘Desde la Fé’ advertiu que, “deste modo, será considerado delito o consumo de carne para a alimentação humana, condenando a cidadania a viver, por decreto, na Cidade vegana”.
O semanário católico mexicano assinalou que “caso a Constituição da Cidade não consagre o direito à vida da pessoa, carecerá de legitimidade, não será autêntica e, portanto, injusta e imoral”.
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