Bangalore, 5 de jan de 2017 às 15:00
Na quarta-feira, 4 de janeiro, os salesianos da província de Bangalore (Índia) fizeram uma vigília de oração pela libertação do sacerdote da sua congregação, Pe. Tom Uzhunnalil, que foi sequestrado há 10 meses no Iêmen, depois do ataque terrorista em uma casa de retiro das Missionárias da Caridade.
De acordo com as informações do site ‘Matters India’, o Superior Provincial de Bangalore, Pe. Joyce Thonikuzhiyil, pediu às 11 comunidades salesianas da Ásia do Sul para marcar o dia 4 de janeiro como “um dia de oração e de uma hora de adoração eucarística”, com o propósito de “intensificar os esforços de oração para a libertação segura do sacerdote”.
A vigília aconteceu após a divulgação de um vídeo de 5 minutos no qual o Pe. Tom pede ajuda pessoalmente ao Papa Francisco e aos bispos de todo o mundo. Esta foi a primeira comunicação do sacerdote desde o seu sequestro.
“Querido Papa Francisco, por favor, cuida da minha vida” (…) “Minha saúde piora. Devo ser hospitalizado o mais rápido possível. Peço-lhes que me ajudem imediatamente”, disse o Pe. Tom, que apareceu com a barba grande, rosto magro e com sinais de sofrimento. Além disso, foi obrigado a ler um texto, provavelmente escrito pelos seus próprios sequestradores.
Em 10 de abril do 2016, o Papa Francisco fez um apelo para a libertação do sacerdote depois de seu discurso dominical durante a oração do Regina Caeli, na Praça de São Pedro.
“Renovo o meu apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito armado; em particular desejo recordar o sacerdote salesiano Tom Uzhunnalil, sequestrado em Áden, no Iêmen, no último dia 4 de março”, disse o Papa naquela ocasião.
Até o momento, ninguém falou sobre a responsabilidade do sequestro. Segundo informações, o governo da Índia teve dificuldades para negociar a libertação do sacerdote, devido à instabilidade política no Iêmen.
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O Iêmen está imerso em uma guerra civil desde março de 2015, quando os rebeldes xiitas tentaram expulsar o governo sunita. A Arábia Saudita dirigiu uma coalizão pró-governo, enquanto os grupos terroristas muçulmanos, Al Qaeda e o Estado Islâmico, estabeleceram redutos no país em meio à ausência de poder.
Mais de 6.000 pessoas morreram no conflito, segundo as Nações Unidas.
O Pe. Tom atraiu a atenção internacional no ano passado quando se difundiu o rumor de que ia ser crucificado na Sexta-feira Santa. Posteriormente, esses rumores foram desfeitos.
Confira também:
Papa Francisco pede libertação de Pe. Tom e de todos sequestrados em zonas de conflito https://t.co/uHjhsbDvaF
— ACI Digital (@acidigital) April 11, 2016