Cidade do México, 20 de jan de 2017 às 07:00
Atualmente é cada vez mais frequente que os membros da família compartilhem o jantar ou os momentos juntos com o celular ou o tablet na mão e não iniciem uma conversa. Uma especialista da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, explica os benefícios de compartilhar este espaço sem dispositivos móveis.
Um artigo publicado no Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME) menciona uma iniciativa que nasceu há seis anos na Universidade de Harvard chamada “Projeto Jantar em Família”, o qual busca tornar o jantar um espaço de encontro cotidiano no qual também se promove uma alimentação saudável.
A co-fundadora do projeto e terapeuta familiar, Anne Fishel, afirmou que se as famílias se reunissem mais vezes para compartilhar os alimentos no café da manhã, no almoço e no jantar, seu trabalho como terapeuta já não seria tão necessário, porque “foi demonstrado que os membros das famílias que compartilham sofrem menos de estresse e se sentem muito mais unidos”.
Fishel indicou que uma das vantagens de comer em família é que, “ao chegar à adolescência, os filhos são menos propensos a ter problemas alimentares ou de depressão, assim como do abuso de certas substâncias ou de exercer de forma precoce a sua sexualidade”.
“A conversa que acontece ao redor da mesa aumenta de modo significativo o vocabulário das crianças, inclusive mais do que ler contos antes deles dormirem e, além disso, melhora seu rendimento escolar”.
Também disse que ao comer em família, as crianças “aprendem a comer mais verduras e vegetais, por isso, diminui a probabilidade de que sofram de obesidade. Além disso, demonstrou-se que quando estas crianças começam a se encarregar da sua alimentação, mantêm estes hábitos saudáveis”.
Em relação aos adolescentes, Fishel assinala que no momento das refeições é importante criar um ambiente alegre, aconchegante e sem o uso de tecnologias, porque esta “é uma das maiores fontes de tensão”.
Em seguida, comentou que seria bom envolver os filhos no planejamento e na preparação dos alimentos.
Outro conselho da co-fundadora do “Projeto Jantar em Família” é que durante as refeições contem histórias sobre a família, porque as crianças que aprendem a contar histórias são melhores leitores. Além disso, “aqueles que conhecem o passado da sua família são mais resilientes e têm uma maior autoestima”.
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Ao final, as famílias descobrem que “passam o jantar muito bem juntos e reconhecem que não se deram conta do muito que lhes faziam falta estes momentos em família”.
Entre outras coisas, indica, o diálogo na mesa familiar pode ser sobre como foi o seu dia, anedotas familiares, a história de uma mascote que tiveram, falar sobre algumas lições de vida, algo divertido, entre muitos outros temas.
Por outro lado, o SIAME sugere fazer esta oração para as refeições em família:
Senhor Deus, que a nossa mesa seja um lugar de partilha fraterna, de carinho humano, de consolo recíproco e de agradecimento por todos os seus dons.
Estás presente entre nós porque é o Amor, bendito pelos séculos dos séculos.
Amém
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— ACI Digital (@acidigital) January 17, 2017