WASHINGTON DC, 20 de jan de 2017 às 17:30
A organização pró-vida New Wave Feminists foi retirada da lista oficial de patrocinadores da Marcha pela Mulher, a ser realizada no dia 21 de janeiro, em Washington (Estados Unidos), que terá como principal diretriz o apoio ao aborto.
Para a presidente da New Wave Feminists, Destiny Herndon-De La Rosa, esta decisão ocorreu devido “a uma grande pressão para não se filiar aos grupos pró-vida, o que é lamentável”.
Em um vídeo publicado na última segunda-feira no Facebook, Herndon-De La Rosa explicou as razões pelas quais foram retiradas dessa lista e especulou que uma delas foi devido a uma reação negativa da mídia logo após a publicação de um artigo no jornal ‘The Atlantic’ na manhã do mesmo dia.
O artigo destaca a participação da New Wave Feminists e outros grupos pró-vida na Marcha pela Mulher. Além disso, o que chamou a atenção foi o fato de que eles decidiram participar depois que a Marcha pela Mulher divulgou uma lista de objetivos para este evento, a qual incluiu “um acesso aberto ao aborto seguro, legal e acessível e o controle de natalidade para todas as pessoas”.
Na tarde da última segunda-feira, após a publicação do artigo, New Wave Feminists foi retirada da lista de patrocinadores.
Segundo indicou ‘The Atlantic’, os organizadores da marcha não conceberam o evento como um protesto contra Donald Trump, pois acontecerá um dia depois de ele assumir a presidência. No entanto, o co-presidente da Marcha pela Mulher, Bob Bland, disse que a marcha pretende “enviar uma mensagem atrevida”, apoiar muitas pessoas, especialmente as que foram criticadas durante o ciclo eleitoral de 2016.
Por outro lado, antes de retirar New Wave feminists da lista, Bland disse a ‘The Atlantic’ que estavam dispostos a acolher as mulheres de todos os tipos de crenças e realidades, sobretudo “as vozes que foram marginalizadas ou silenciadas”.
Também disse que a natureza interseccional do evento e a inclusão de diferentes perspectivas do feminismo eram valiosas e que eles eram o “futuro” do movimento feminista. “Não falamos do feminismo apenas como um caso, como o acesso aos cuidados reprodutivos”.
Após retirar New Wave Feminists, a Marcha pela Mulher divulgou um comunicado dizendo que o evento é pró-aborto e que os organizadores “querem marchar em nome daqueles que compartilham a visão de que a mulher deve ter direito às suas próprias opções reprodutivas”.
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“A organização que é contra o aborto não é aliada à Marcha pela Mulher em Washington. Pedimos desculpas por este erro”, assinalaram.
Entre mais de 100 organizações que se candidataram para se associar à marcha está a transnacional abortista Planned Parenthood.
Blando disse a ‘The Atlantic’ que a participação da Planned Parenthood era óbvia, devido ao seu apoio aos cuidados de saúde e porque “um dos desafios que as mulheres enfrentarão na próxima administração é o acesso aos cuidados reprodutivos”.
Destiny Herndon-De La Rosa disse que tudo isto que aconteceu, longe de mudar as suas crenças pró-vida e a sua identidade como feministas, não mudou a sua decisão de participar desta marcha.
“Nós estaremos lá como patrocinadores oficiais ou não”, ressaltou.
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— ACI Digital (@acidigital) 18 de janeiro de 2017