Sete personagens, sete amantes do futebol, um Papa que gosta de futebol e seis jogadores que fizeram parte da história são os protagonistas do novo livro de César Mauricio Velásquez, Vice Embaixador da Colômbia ante a Santa Sé, intitulado “Futebol com alma”.

Através de encontros e diálogos com eles, por meio das histórias de suas vidas, o autor construiu uma narrativa em que os valores humanos, o ser humano como criatura, se misturam com as virtudes do esporte e, especialmente, do futebol.

Entre suas páginas de encontros e conversas com o Papa Francisco, Alfredo Di Stéfano, Javier Zanetti, Francisco “Paco” Gento, Amancio Amaro, Emilio Butragueño e Andrés Escobar, ressalta um fio condutor: a esportividade da santidade da vida humana.

Conforme assinala Velásquez, o conteúdo do livro “é o futebol, mas não como uma história de futebol; é o futebol, mas não com estatísticas: é o futebol na cabeça, no coração, nos valores humanos e na integridade da pessoa, diante de um campo de futebol, diante de uma bola, diante de um gol, diante de uma equipe”.

Perguntado acerca do capítulo dedicado ao Papa Francisco, o autor explica que “é o Papa que mais gosta de futebol na história da Igreja. É muito fanático por futebol, torce para um time e vem de um país onde jogam muito futebol, de uma potência mundial do futebol, como é a Argentina”.

“O Papa conhece profundamente o esporte e, concretamente, o futebol”, continua César Mauricio na entrevista.

“Muitas vezes faz uma relação entre o que é o esporte, o trabalho em equipe e o esforço de um esportista, com a vida espiritual e a vida humana. Ele descobriu, como muitos outros, como eu também acho, que o futebol e o esporte são um ponto de encontro, de tolerância, de convivência e de solidariedade que o mundo atual deve explorar mais para encontrar pontos de unidade, pontos de entendimento e de fraternidade”.

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Segundo ele, existe uma íntima relação entre o esporte e a vida espiritual. “A vida espiritual de qualquer um de nós está muito unida à vida esportiva, onde há vitórias, derrotas, esforço, sacrifício, disciplina”.

“Não é possível alcançar a santidade sem esforço, não há competitividade esportiva sem esforço, não existe um grande esportista se não tem uma disciplina para ir ao campo, para treinar, para se esforçar, para superar um erro. E da mesma maneira acontece na vida espiritual, não há santidade sem luta, não há santidade sem erro, não há santidade sem começar novamente”.

“No esporte, especialmente no futebol, quando uma pessoa perde um jogo sempre sai do campo magoada por ter perdido, mas também com a esperança de jogar novamente e ganhar. Isso é um reflexo da vida espiritual”, afirmou.

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