LOS ANGELES, 30 de jan de 2017 às 16:00
O Papa Francisco concedeu uma entrevista a ‘El Sembrador – ESNE’, na qual explicou sobre o legado que quer deixar ao povo cristão.
No diálogo com Noel Díaz no último dia 22 de novembro, divulgado em 29 de janeiro, o Santo Padre afirmou que “o que eu gostaria de deixar em cada lar cristão, em cada família cristã, em cada povo cristão é a consciência de que o espírito do mundo não é de Deus, é a antítese de Deus”.
O Pontífice ressaltou que “nós devemos estar no mundo, não somos monges de clausura, devemos estar bem metidos no mundo”, sempre tendo cuidado para que “a mundanidade não nos corrompa”.
“A mundanidade começa pelo dinheiro, o diabo entra pelo bolso, no dinheiro. Jesus chamou o dinheiro de senhor, quando diz que ninguém pode servir a dois senhores, a dois patrões, serve a Deus ou serve ao dinheiro, não diz ao diabo, ao dinheiro, ou seja, é senhor, senhor do mundo”.
Francisco explicou que “servir a Deus significa não estar dependendo do dinheiro, o Senhor está no centro da minha vida, não o dinheiro. Essa passagem do Evangelho sempre me impressionou, Jesus diz o senhor dinheiro é um senhor, mas quando manda, destrói, quando é usado para utilizar as pessoas”.
O Papa indicou que o dinheiro dá uma “segurança que não é a de Deus. Uma pessoa simplesmente precisa do seu salário inteiro de todos os meses, mas deve vivê-lo com certa sobriedade, austeridade”.
Para explicar o apego ao dinheiro que muitas vezes as pessoas têm, o Santo Padre contou o caso de um homem milionário que três dias antes de morrer comprou uma vila luxuosa. No “limiar da eternidade”, disse, “não pôde se libertar do dinheiro”.
“Não posso dizer se ele foi condenado ou não, porque recebe o sacramento e Deus sabe perdoar, mas o dinheiro, quando te agarra… esse é o primeiro passo aonde te leva o dinheiro, à vaidade”.
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A vaidade é o segundo passo no caminho do espírito do mundo. Esse pecado, disse o Papa Francisco, “enche a tua cabeça de fumaça. Então, em vez da pessoa olhar nos olhos, olha de lado. Sou superior, a vaidade, gosta de aparentar o vaidoso, como o pavão, uma pessoa olha para o pavão e que coisa linda, mas, qual é a verdade sobre o pavão? Da a volta e olha por trás dele, é a verdade, falo de coisas reais. O segundo passo é a vaidade".
“Qual é o terceiro passo? O orgulho, a soberba e todos os pecados”.
“O primeiro passo é o dinheiro, o diabo se mete pelo bolso, o segundo passo é a vaidade, porque tenho o dinheiro sou vaidoso, em vez de usá-lo para o bem, uso para mim mesmo, para maquiar a alma, maquiar a vida, maquiar tudo, maquiar a importância social, ou qualquer coisa”, continuou.
“O terceiro passo – reiterou o Santo Padre – é o orgulho, a soberba, que é a virtude do demônio”.
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— ACI Digital (@acidigital) March 5, 2015