O Bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto, presidiu a Missa pela festa dos Beatos Francisco e Jacinta, na segunda-feira, 20 de fevereiro, quando recordou que os exemplos deixados pelos pastorinhos são válidos para os dias de hoje.

Francisco e Jacinta Marto são “duas pequenas estrelas que brilham no céu de Portugal e do mundo, para iluminar nesta noite que o mundo atravessa, de dúvida e incerteza, no presente e no futuro”, considerou o Prelado.

Para Dom António Marto, o dia dos beatos Francisco e Jacinta representou um “ponto alto da celebração do Centenário das Aparições”, pois se trata de um convite a “descobrir a beleza da santidade destas crianças”.

“Jesus indica o caminho da infância espiritual para acolher o reino de Deus”, recordou o Bipo, conforme assinala o site do Santuário de Fátima.

Nesse sentido, ressaltou que foi através da pergunta “Quereis oferecer-vos a Deus?” que os pastorinhos, com o seu “sim”, começaram “o percurso de santidade”.

Para o Prelado, Francisco e Jacinta são “modelos de Santidade contemporâneo no nosso cotidiano”, pois é possível “contemplar a beleza de Deus envolvidos na beleza das suas vidas”.

“Francisco – especificou – é um menino que se deixa habitar pela presença inefável de Deus e sentiu o apelo à oração e à contemplação”.

Nesse sentido, exortou a permitir que Deus esteja presente no coração e na vida, como Francisco que “se sentia bem na companhia e a fazer companhia a Jesus”.

“Este menino era um consolador porque sentia que Deus estava triste, tal como hoje”, assinalou Dom Marto, ressaltando que atualmente “Deus é esquecido, vive-se como se Deus não existisse”.

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Frente a esta realidade, indicou que “a grande prioridade” deve ser “tornar Deus próximo e presente na vida de cada um, porque sem isto não há fé que aguente”. “Tem de se ser cristão por convicção firme e por uma experiência amorosa de Deus”, reforçou.

Quanto a Jacinta, Dom Marto observou que nela “sobressai o espírito de compaixão pelos que sofrem e o desejo de se fazer como nosso Senhor, na sua compaixão e humildade”. Assim, comparou-a ao “bom pastor”, por querer “cuidar de cada um de nós”.

Jacinta tinha a “capacidade de sofrer com o outro e pelo outro pelo amor”, afirmou o Bispo, apontando que esta é uma necessidade “neste mundo que vive uma cultura da indiferença”.

“Não são só palavras – ressaltou –, é preciso cultivar uma cultura da compaixão, pelos mais velhos e doentes”.

Dessa forma, o Prelado acrescentou que a “santidade simpática dos pequenos videntes é uma aprendizagem, porque as crianças também ensinam os adultos na sua simplicidade infantil”.

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