Em uma nova catequese durante a Audiência geral, o Papa Francisco recordou que “o cristão não vive fora do mundo, sabe reconhecer na própria vida e naquilo que o rodeia os sinais do mal, do egoísmo e do pecado”.

Nesta ocasião, o Pontífice voltou à Praça de São Pedro, logo depois de alguns meses, na Sala Paulo VI, no Vaticano, e sublinhou que o cristão "é solidário com quem sofre, com quem chora, com quem está marginalizado, com quem se sente desesperado”.

“Ao mesmo tempo, porém, o cristão aprendeu a ler tudo isso à luz da Páscoa, com os olhos de Cristo Ressuscitado, e sabe que o presente é tempo de expectativa, tempo animado por um anseio que vai para além do presente”.

“Na esperança, sabemos que o Senhor quer curar definitivamente, com a sua misericórdia, os corações feridos e humilhados e aquilo que o homem deturpou com a sua impiedade, tudo regenerando em um mundo novo e em uma humanidade nova, reconciliados finalmente no seu amor”.

Em relação ao cuidado da criação, explicou que “muitas vezes somos tentados a pensar que é nossa propriedade, uma posse que podem explorar para o nosso prazer e que não temos que dar explicação para ninguém”.

Entretanto, São Paulo "nos recorda que é um dom maravilhoso que Deus colocou em nossas mãos, para que possamos entrar em relação com Ele e possamos reconhecer a marca do seu projeto de amor”.

"Quando se deixa levar pelo egoísmo, o ser humano acaba por arruinar inclusive as coisas mais belas", disse Francisco.

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"Com a experiência trágica do pecado, que destrói a comunhão com Deus, nós violamos a comunhão original com tudo a nosso redor e acabamos corrompendo a criação, tornando-a escrava, a submetemos à nossa expiração".

Mas "o Senhor, porém, não nos deixa só” e “também esta quadro desolador nos oferece uma perspectiva nova de libertação, de salvação universal”.

“Se prestarmos atenção, tudo a nosso redor geme: geme a própria criação, gememos os seres humanos e geme o Espírito dentro de nós, no nosso coração”.

Entretanto, “ao mesmo tempo, o cristão aprendeu a ler tudo isso à luz da Páscoa, com os olhos de Cristo Ressuscitado, e sabe que o presente é tempo de expectativa”.

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