VATICANO, 6 de mar de 2017 às 10:00
Ao receber em audiência os participantes de um congresso sobre música sacra, o Papa Francisco pediu uma melhor formação e renovação na qualidade da música para ajudar os fiéis a se aproximar mais de Deus.
“A música sacra e o canto litúrgico devem ser plenamente inculturados nas linguagens artísticas e musicais da atualidade, encarnando e traduzindo a Palavra de Deus em cantos, sons e harmonias que façam vibrar o coração de nossos contemporâneos, criando um oportuno clima emotivo, que disponha à fé e suscite o acolhimento e a plena participação no mistério que se celebra”.
O Pontífice também alertou sobre certa “mediocridade, superficialidade e banalidade” à qual se dá espaço, em detrimento “da beleza e da intensidade das celebrações litúrgicas”.
O Santo Padre explicou aos participantes do Congresso Internacional de Música Sacra, organizado pelo Conselho Pontifício da Cultura, intitulado “Música e Igreja: culto e cultura, há 50 anos da Musicam sacram”, realizado em Roma, de 2 a 4 de março, que “os protagonistas deste campo, músicos e compositores, diretores e coristas, animadores de liturgia, podem contribuir preciosamente com a renovação, principalmente qualitativa, da música sacra e do canto litúrgico”.
Deste modo, o Papa propôs “uma adequada formação musical, inclusive dos sacerdotes, no diálogo com as correntes musicais dos nossos tempos e com atitude ecumênica”.
Por outro lado, Francisco assegurou que ainda é plenamente atual que “a ação litúrgica tem uma forma mais nobre se celebrada em canto e com a participação dos fiéis”.
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Nesse sentido, “a celebração tem uma expressão mais alegre, o mistério da sagrada liturgia e sua natureza hierárquica e comunitária se manifestam mais claramente a unidade dos corações aprofunda a unidade das vozes”.
Em seu discurso, o Santo Padre mencionou a importância da participação dos fiéis e afirmou que a Igreja é chamada a “proteger e valorizar o grande e multiforme patrimônio herdado do passado, usando-o com equilíbrio no presente e evitando o risco de uma visão nostálgica ou ‘arqueológica’”.
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