MADRI, 14 de mar de 2017 às 13:00
A Arquidiocese de Santiago de Compostela (Espanha) declarou que a ordenação da mulher que diz celebrar a Eucaristia em La Coruña é ilícita e inválida, de modo que nem ela, nem aqueles que a seguem celebram validamente os sacramentos.
Isto foi indicado em um texto no dia 12 de março, intitulado “Comunicado da Arquidiocese de Santiago, sobre as declarações de uma senhora que diz celebrar a Eucaristia na cidade de La Coruña”.
O comunicado se refere à Cristina Moreira, que em várias entrevistas concedidas aos meios de comunicação assegura ter sido ordenada e disse pertencer à Associação Católica Romana de Mulheres sacerdotes , conhecida pela sigla em Inglês ARCWP.
A associação supostamente ordenou sete mulheres em 2002, com a ajuda de um Bispo que estaria legitimamente ordenado, o qual Moreira não quis identificar.
Cristina Moreira assinala que foi ordenada diácono em La Coruña em 2013 por uma mulher bispo e que em 2015 foi ordenada sacerdote na Flórida (Estados Unidos).
Em uma entrevista concedida em junho 2016 ao jornal ‘El Mundo’, Moreira reconheceu que não teve “autorização canônica”.
Diante desta situação, a Arquidiocese assinalou que “a ordenação desta senhora é ilícita e inválida, de maneira que nem ela, nem os fiéis que a seguem celebram validamente os sacramentos, nem estão em comunhão com a Igreja Católica”.
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O texto recorda que, “desde o princípio, Cristo entrega o seu corpo e sangue aos Doze, como seus representantes dentro do povo da Nova Aliança. A presidência da celebração sacramental não é, portanto, um ministério que Cristo entregou às mulheres”.
O comunicado se refere ao documento ‘Ordinatio Sacerdotalis’ de São João Paulo II, no qual o Pontífice polonês “descartou qualquer possibilidade de debate dentro da Igreja sobre a possibilidade de aceitar o sacerdócio feminino, assinalou que as mulheres não podem ser sacerdotes porque o próprio Cristo, que instituiu o Sacramento, determinou que os homens deveriam exercer este ministério”.
No comunicado, insistem que o fato de que os sacerdotes sejam única e exclusivamente homens “não significa que a mulher não seja uma parte fundamental na igreja, em virtude do sacramento do batismo”.
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— ACI Digital (@acidigital) 1 de novembro de 2016