WASHINGTON DC, 29 de mar de 2017 às 19:00
Quando ainda estava no útero, a pequena Zoe foi diagnosticada com fratura de muitos ossos e que viria ao mundo com “algo ruim”, deste modo os médicos propuseram aos pais o aborto, algo que rechaçaram categoricamente.
Depois do parto, a menina foi diagnosticada com osteogênese imperfeita (OI) do tipo III, um tipo de nanismo que faz com que os ossos sejam extremamente frágeis e que tenha uma expectativa de vida um pouco mais curta do que o comum. Isto a obriga a ter que usar uma cadeira de rodas para se locomover.
O site pró-vida Live Action News relata que os médicos asseguraram aos pais da menina, Chelsea e Curtis Lush, que ela não sobreviveria, por isso, sugeriram praticar o aborto e doar o corpo da menina para pesquisas científicas.
“O especialista recomendou ou sugeriu que poderíamos acabar com a gravidez, mas era mais do que isso para nós. Era o nosso primeiro filho juntos”, disse a mãe, Chelsea, à BBC.
Por sua parte, Curtis, o pai, disse que “realmente pensaram no aborto”, porque o médico lhes disse que era a decisão “mais humana” que podiam tomar.
“Estávamos em um estado de pânico”, reconheceu.
Através de uma ultrassonografia, um médico especializado revelou que o fêmur do bebê estava separado em duas partes e tinha fraturas em várias costelas.
Zoe nasceu três meses depois deste diagnóstico. A menina tinha altos índices de APGAR – método para resumir rapidamente a saúde dos recém-nascidos – e respirava de forma independente.
Entretanto, no principio foi difícil e fraturou a clavícula durante o parto. Em seu primeiro mês, quebrou ambos os braços, uma perna e depois o outro braço quebrou novamente.
Zoe teve tantas fraturas em um período curto de tempo que sua mãe aprendeu a fazer talas para a pequena, pois os médicos frequentemente a atendiam como se fosse qualquer outra criança, causando-lhe danos.
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Um dos desafios mais difíceis é algo que os pais fazem várias vezes ao dia: trocar fraldas. Precisam de três pessoas para fazê-lo sem machucá-la.
“Uma pessoa para levantar a sua pélvis, uma pessoa para deslizar a sua fralda e tirá-la e depois outra para segurar os braços porque os bebês têm um reflexo de sobressalto”, explicou o pai.
Apesar de ter quebrado os seus ossos mais de 100 vezes e ter passado por várias cirurgias, os médicos acreditam que, com um bom cuidado, Zoe terá uma vida normal como a de qualquer pessoa.
“Agora que tem seis anos, está ficando um pouco mais fácil”, indicou a sua mãe.
Zoe usa uma cadeira de rodas, brinca em um parque que é acessível e fica em pé sozinha a fim de garantir que outras crianças não a machuquem acidentalmente.
Além disso, seus pais contam que ela sempre sorri, inclusive quando está na fisioterapia ou na terapia para desenvolver a fala.
“Não mudaria nada na Zoe (...). No futuro, espero que ela possa ter uma oportunidade igual aos outros”, expressou a sua mãe.
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— ACI Digital (@acidigital) 5 de outubro de 2016