REDAÇÃO CENTRAL, 6 de abr de 2017 às 05:00
São Pedro de Verona foi um mártir, pregador e o segundo santo na história da Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Dedicou-se a combater as heresias dos cátaros, propagadores do maniqueísmo no centro e no norte da Itália.
Nasceu em Verona de Lombardia (Itália), em 1205. Segundo o Martirológio Romano, seus pais pertenceram à heresia dos cátaros, entretanto, desde criança abraçou a fé católica e em sua adolescência recebeu o hábito do próprio São Domingos de Gusmão.
O hagiógrafo e Beato Tiago de Vorágine dizia que São Pedro era um grande pregador e conhecedor das Sagradas Escrituras, que viveu a pureza, a austeridade e uma firma defesa da fé, o que finalmente o levaria à morte.
Além disso, assinala que Pedro de Verona nasceu em uma família “obscurecida pelo erro”, entretanto, o jovem sempre soube “conservar-se imune a seus perniciosos erros”.
São Pedro de Verona deixou sua família na adolescência e ingressou na ordem dominicana quando seu fundador, São Domingos de Gusmão, ainda era vivo. Continuou seus estudos na Universidade de Bologna, onde se preparou intelectualmente e, além disso, viveu em oração, austeridade e penitência.
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Terminada sua formação eclesiástica, foi ordenado sacerdote e nomeado Pregador do Evangelho de Jesus. Dedicou-se à pregação e à refutação de doutrinas heréticas em Vercelli, Roma, Florença e diversas cidades do norte da Itália. Também instituiu as “Associações da fé” e a “Confraria para o louvor da Virgem Maria” em Milão, Florença e Perugia.
Em 1248 foi designado prior do convento de Asti e, transcorrido um ano, de Piacenza. Em 1251, Inocêncio IV o nomeou como inquisidor da Lombardia e o declarou prior de Como, entretanto, os hereges começaram a planejar um complô para assassiná-lo.
São Pedro de Verona foi assassinado em 6 de abril de 1252, quando regressava de Milão para o convento de Como, perto de Barlassina. Seu carrasco, Carino Bálsamo, o acertou com dois golpes de machado na cabeça. Apesar disso, Pedro de Verona conseguiu se levantar e, com as poucas forças que restavam, escreveu no chão com seu dedo banhado de sangue: “Creio em Deus”.
Em 9 de março de 1253, Inocêncio IV o canonizou. Seu corpo foi transladado a Milão e hoje descansa na Igreja de Santo Eustórgio. Sua festa é celebrada no dia 6 de abril.