WASHINGTON DC, 6 de abr de 2017 às 15:00
O governo dos Estados Unidos deixará de financiar o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) por apoiar abortos forçados e esterilizações involuntárias na China.
Com o corte, o organismo das Nações Unidas perderá 32,5 milhões de dólares em seu orçamento de 2017, que o governo destinará à Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
As políticas rígidas de controle de natalidade da China causaram mais de 400 milhões de abortos em seus 37 anos de vigor. Em 2014, a China mudou a sua política do “filho único” por uma política de “somente dois filhos”.
A decisão do governo dos Estados Unidos foi comunicada ao UNFPA em um memorando da Secretária de Estado, na qual indicou que o organismo da ONU “apoia ou participa na gestão de um programa de aborto coagido ou esterilização involuntária” na China.
A USAID também não poderá destinar os fundos para organizações que promovam ou pratiquem abortos em outros países, devido a uma normativa reinstaurada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início deste ano.
Em um comunicado publicado em 4 de abril, o UNFPA lamentou a decisão do governo dos Estados Unidos e negou as acusações.
A presidente da National Right to Life dos Estados Unidos, Carol Tobias, felicitou o governo de Donald Trump “por deixar claro que os Estados Unidos não apoiarão uma agência da ONU que coopera nas políticas de controle populacional brutalmente repressivas da China”.
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Por sua parte, o presidente do Population Research Institute, Steven Mosher, que durante décadas denunciou as políticas abortistas da China, assegurou em um comunicado que “cortar o financiamento a UNFPA é uma grande vitória para as mulheres da China e para todos os que respeitam a inerente dignidade de cada e toda vida humana”.
Mosher foi o primeiro americano que testemunhou a prática de abortos e esterilizações forçadas na China, como parte da política do filho único que existiu durante 35 anos nesse país.
“O UNFPA não era uma força de moderação na China, mas estava ajudando e encorajando o governo chinês para que aplicasse a política”, disse Mosher.
As pesquisas de Mosher calcularam que entre 1979 e 2014, a cada ano dez milhões de mulheres chinesas foram submetidas ao aborto forçado e à esterilização.
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— ACI Digital (@acidigital) 2 de junho de 2015