O Papa Francisco expulsou do estado clerical o sacerdote Edward J. Arsenault, após ter sido condenado a quatro anos de prisão por roubar cerca de 300 mil dólares da sua Diocese, de um hospital e da herança de um sacerdote falecido.

Através de um comunicado, a Diocese de Manchester, no estado de New Hampshire (Estados Unidos), à qual pertencia Arsenault, indicou que o Santo Padre decretou em 28 de fevereiro deste ano liberar o clérigo “de todas as obrigações sacerdotais, inclusive do celibato”.

Enquanto exerceu o seu ministério sacerdotal, Arsenault ajudou a lidar com um escândalo de abuso sexual no estado e a criar novas políticas para proteger as crianças.

Segundo informou Associated Press, Arsenault foi declarado culpado por assinar cheques para o benefício próprio da propriedade do Pe. John Molan, um sacerdote falecido. Também recebeu faturas do Catholic Medical Center (Centro Medico Católico) por uma consultoria que nunca realizou.

Arsenault admitiu que gastou o dinheiro em viagens e refeições em restaurantes luxuosos para ele e para um companheiro.

Em 2014, Arsenault foi condenado a quatro anos de prisão e teve que pagar 300 mil dólares em restituição. Na semana passada, estava sob prisão domiciliar e foi concedida a liberdade condicional até fevereiro de 2018.

Dois casos pendentes: Cassinos, viagens e jantares luxuosos

O Pe. William A. Dombrow, sacerdote da Arquidiocese da Filadélfia, enfrenta acusações federais por ter desperdiçado mais de meio milhão de dólares da casa de sacerdotes aposentados Villa San José, onde era reitor, em jantares luxuosos, visitas aos cassinos e concertos.

Os promotores federais do estado de Pensilvânia acusaram o sacerdote de 77 anos de ter cometido quatro fraudes. Indicaram que ele tinha acesso exclusivo à conta de Villa San José, cujos recursos provinham de presentes de testamentos e de seguros de vida que estavam destinados à Arquidiocese da Filadélfia.

A Arquidiocese descobriu a fraude de recursos em 2016. Congelaram a conta da residência e suspenderam o Pe. Dombrow das suas competências e responsabilidades.

O terceiro caso é o do Pe. John Reid, um sacerdote que exerce o seu ministério na Inglaterra e foi absolvido de uma sentença de 18 meses de prisão por roubar mais de 50 mil libras (cerca de 62 mil dólares) da sua paróquia, que gastou para manter sua governanta e as suas duas filhas.

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O sacerdote de 70 anos foi absolvido depois que admitiu a fraude e aceitou devolver o dinheiro em um período de três meses. Também foi demitido do seu cargo na paróquia de San Cuthbert, localizada na Diocese de Hexham e Newcastle.

A promotora designada para o caso do Pe. Reid, Jane Waugh, indicou que o sacerdote vivia com Gillian Leddy e com as suas filhas Veronica e Alice “como se fossem uma família”.

Alguns anos depois de ter assumido a reitoria da paróquia de San Cuthbert em 2009, os fiéis notaram que as despesas do templo haviam dobrado.

As suspeitas aumentaram quando o Pe. Reid começou a pedir cheques em branco sem dar razão.

Também começou a administrar a paróquia sem ter assessoramento financeiro e nomeou uma das filhas de sua governanta como consignatária do talão de cheques. Inclusive chegou a escrever mais de 150 cheques para seu próprio benefício.

Uma paroquiana decidiu denunciar à polícia e depois de dois anos de investigação descobriram que o Pe. Reid havia roubado dinheiro da paróquia, que foi gasto em viagens ao estrangeiro, jantares e utensílios de cozinha, além de um estilo de vida luxuoso para a governanta e suas filhas.

O Pe. Reid manifestou, em resposta à investigação, que ele estava apaixonado pela sua governanta e que as três mulheres eram “a família que ele nunca teve”.

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