REDAÇÃO CENTRAL, 17 de abr de 2017 às 19:00
Anahi Retsar, uma jovem mãe argentina foi vítima de um estupro aos 14 anos, mas rejeitou totalmente a simples ideia de abortar, porque “o filho não tem culpa”.
“Nunca teria passado pela minha cabeça matar esta criança porque ser violada e ser uma assassina e ainda colocar a culpa sobre alguém que não a tem são coisas diferentes”, escreveu recentemente Anahi, em um texto publicado pelo blog pró-vida Salvar El 1.
“A criança não tem a culpa da má conduta do seu progenitor e não tem que pagar pelo seu crime”, disse.
Hoje, Anahi, de 29 anos, está casada e tem quatro filhos, dois deles adotados, e está tramitando o processo de adoção de mais um filho. O mais velho, que nasceu depois da violação, chame-se Catrial.
“Eu tinha 14 anos e havia ido fazer um trabalho com alguns colegas da turma. Eles me espancaram e violaram. Algumas semanas depois, percebi que estava grávida”, recordou a jovem.
Anahi destacou que de “um ato abominável”, como a violação sexual, “pode sair algo realmente bonito como um filho”.
A jovem recebeu o apoio dos seus pais. “Foi um grande alívio para mim. Depois da violação, não fiquei com nenhum trauma, porque apenas havia sido um momento. Então, me senti feliz porque vi como de um ato vil saia algo realmente belo”.
“Felizmente, quando o meu filho nasceu, consegui imediatamente um trabalho. Tinha que trabalhar para mantê-lo, porque eu sou de uma família pobre”, explicou.
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Quando Catrial tinha 12 anos, Anahi decidiu revelar a ele que tinha sido concebido em um estupro e “que o pai que vivia com ele não era o seu pai biológico”. A resposta da criança foi comovente.
“Respondeu-me que a única coisa que lhe importa é que eu sempre o amei e cuidei, e considera que o seu único pai é Martin – é meu marido –, porque ele era o único que sempre amou e cuidou dele e que não se importava de como havia sido concebido. A única coisa que lhe importava é que nós o amassemos”.
“A felicidade que brota dessas palavras não se podem comparar”, disse a jovem mãe.
A jovem argentina afirmou que “se tivesse que aconselhar uma menina que estivesse na mesma situação, lhe diria que não mate o seu filho, porque é a única pessoa que te amará pelo simples fato de que você seja a sua mãe e que não é alguém para matá-lo”.
“Se não o querem, podem dá-lo em adoção, mas que não cometam algo muito pior do que uma violação, que é o assassinato de uma criança”, exortou.
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— ACI Digital (@acidigital) 6 de fevereiro de 2017