CARACAS, 24 de abr de 2017 às 21:00
No domingo, 23 de abril, o escritório de Informação da Arquidiocese de Caracas desmentiu as informações de uma suposta reunião entre o Núncio Apostólico na Venezuela, o Cardeal Jorge Urosa, o Superior Geral dos Jesuítas e alguns membros do governo.
No comunicado, a Arquidiocese assinalou que "a informação a respeito de uma suposta reunião na Nunciatura Apostólica entre o Senhor Núncio Aldo Giordano, o Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo de Caracas, e o Pe, Arturo Sosa, Superior Geral dos Jesuítas com importantes lideres do Governo na noite da sexta-feira, 21 de abril, é totalmente falso".
"Essa reunião nunca aconteceu", precisa o texto.
"Mensagens falsas são negativas, desinformam e geram problemas", lamenta nota da Arquidiocese de Caracas.
Em seguida, o comunicado precisa que a Venezuela precisa "trabalhar pela paz e pela defesa dos direitos constitucionais do povo".
A Arquidiocese exorta também a "rezar a Deus para que os venezuelanos possamos resolver os nossos problemas de forma pacífica e democrática".
Grave crise
O comunicado surgiu um dia depois da "Marcha de silêncio" organizada pela oposição, na qual fizeram uma homenagem aos falecidos nos últimos dias durante as manifestações realizadas no país.
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Uma grande quantidade de pessoas chegou à sede da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) e rezou pelo país, ao lado de fora do recinto.
Por sua parte, Diosdado Cabello, ex-deputado e primeiro vice-presidente do Partido Unido da Venezuela (PSUV), acusou a oposição de cometer atos violentos e convidou para uma concentração neste domingo para reiterar o apoio ao Presidente Nicolás Maduro, informa a BBC.
A oposição, por sua parte, convocou para hoje um "bloqueio" das principais estradas do país a fim de insistir no apelo às eleições e exigir a libertação dos presos políticos.
Na terça-feira, 18 de abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou as suas previsões económicas para este ano e para 2018.
No caso da Venezuela - que enfrenta uma grave escassez de alimentos e medicamentos -, o organismo internacional assinalou que no final do ano a inflação chegaria a 720% e em 2018 até 2.068%.
Além disso, indicou que a sua economia fechará 2017 com uma redução de 7,4%.
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