A imagem de Irmã Esperanza, uma corajosa religiosa de 70 anos, resistindo à repressão das forças policiais venezuelanas durante a “Marcha do Silêncio” de 22 de abril, comoveram as redes sociais.

Desde o início de abril, multitudinárias manifestações pacíficas aconteceram na Venezuela contra o regime do presidente Nicolás Maduro. De acordo com a empresa de pesquisas Meganálisis, cerca de 2,6 milhões participaram durante a “Mãe de todas as Marchas” em Caracas e outros 6 milhões em outras cidades do país.

Os opositores ao regime de Maduro e a Igreja Católica no país exigiram ao governo que não reprima violentamente as manifestações civis.

Estima-se que desde o início de abril, 24 pessoas morreram na Venezuela em casos relacionados às manifestações e à repressão do governo.

No dia 22 de abril, como uma forma de recordar os mortos durante os protestos, milhares participaram da “Marcha do Silêncio” em Caracas. Muitos deles rezavam enquanto caminhavam. Entre eles estava a Irmã Esperanza.

Os agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) “não deixavam passar”, disse a religiosa, ao lamentar que “começaram a lançar suas bombas”.

“Eu me aproximei do chefe, disse: como é possível? Vocês são venezuelanos, nós somos venezuelanos”, indicou.

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A religiosa idosa assegurou: “Eu não tenho medo deles”.

O governador do estado venezuelano de Miranda, Henrique Capriles, elogiou a religiosa e assegurou no Twitter que “até mesmo a noite mais escura terminará com o nascer do sol. Deus a abençoe e acompanhe Irmã Esperanza!”.

Diversas contas simpatizantes do governo de Nicolás Maduro tentaram desacreditar a religiosa, assegurando que era cubana e estava vinculada a grupos de contrainteligência.

Entretanto, a Conferência Episcopal Venezuelana assegurou em sua conta no Twitter que Ir. Esperanza é “filha de Maria Auxiliadora, salesiana. Não façamos ecos de falsos rumores”.

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