O Arcebispo de Sevilha, Cardeal Carlos Amigo Vallejo, afirmou que se a nova lei educativa promovida pelo Governo espanhol  tira dos pais “a liberdade plena de poder escolher o tipo de formação que querem para seus filhos –em referência ao ensino religioso–, a democracia ficará muito ferida”.

Ao referir-se à Lei Orgânica de Educação (LOUVE), o Cardeal Amigo Vallejo opinou que “ou os pais têm liberdade para educar a seus filhos ou não estamos em uma sociedade democrática, assim de simples”.

Depois da apresentação em Sevilha de vários livros do presidente do Cajasur, o Padre Miguel Castillejo, o Cardeal disse aos jornalistas, que a disciplina de Religião deve ser “avaliável”, já que “se uma pessoa escolhe essa disciplina e está na mesma categoria que as demais, terá também que ter o mesmo tratamento que as outras”. Neste contexto, o Cardeal assinalou que “não se pode limitar nem camuflar a liberdade religiosa”.

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Autofinanciamento

Ao ser interrogado sobre o financiamento da Igreja Católica na Espanha, o Cardeal Amigo Vallejo disse que “se todo mundo se auto-financiasse, para que necessitariam os cidadãos pagar impostos”.

A respeito, o Cardeal aludiu “à devolução do patrimônio expropriado à Igreja”, porque “nunca falamos dos livros e as obras de arte que se expropriaram” à comunidade eclesiástica, embora esclareceu que a Conferência Episcopal não pensa reclamar estes bens.