Roma, 22 de mai de 2017 às 11:30
O Papa Francisco visitou na tarde de ontem a paróquia São Pedro Damião, em Roma, localizada em um bairro cujos moradores são em sua maioria comunistas, explicou que a atitude de cada cristão é doçura e respeito, e criticou que alguns que se dizem cristãos estão todo o dia amargurados.
O Pontífice falou do Espírito Santo e recordou que é como um “advogado” que “defende do maligno”. “O Espírito Santo está em cada um de nós, e nós o recebemos no Batismo, o recebemos de Jesus”, recordou.
O Papa, como São Paulo na leitura, convidou a não entristecer o Espírito Santo, porque “temos o próprio Deus dentro, é Deus que nos acompanha, que diz o que deves fazer e como fazer, quem te ajuda a não errar, que te ajuda a não cair na tentação, é o advogado, que te defende do maligno”.
E, “como adorar Cristo?”, perguntou. “Com a oração de adoração e deixando sentir a inspiração do Espírito Santo. É ele quem nos diz ‘isso é bom, isso não é bom, este é o caminho errado, este é o bom caminho’. Leva-nos avante. E quando as pessoas nos pedem explicações sobre por que os cristãos são assim, São Pedro diz que deve estar preparado para responder a qualquer pessoa que perguntar”.
“Que isto seja feito com doçura e com respeito”, pediu recordando as palavras do apóstolo. “A linguagem dos cristãos que cuidam do Espírito Santo que nos é dado como um dom é uma linguagem especial, não devem falar em latim, é outra linguagem. A linguagem do cristão é uma linguagem de doçura e respeito. E isso pode nos ajudar a pensar em como é o nosso comportamento de cristãos”.
“É um comportamento de doçura ou de ira? Ou amargo? É feio ver pessoas que se dizem cristãs, mas são cheias de amarguras. A linguagem do Espírito Santo é doce e a Igreja o chama de ‘doce hóspede da alma’. E de respeito aos outros. Ensina-nos a respeitar os outros”.
“O diabo, que sabe como nos enfraquecer, fará tudo o que for possível para que a nossa linguagem não seja respeitosa e doce, mesmo dentro das comunidades cristãs”.
Em seguida, Francisco denunciou que muitas pessoas “se aproximam das paróquias procurando paz e respeito, entretanto, encontram disputas entre os fiéis. Em vez de doçura, encontram murmurações, difamações, concorrência... E aquelas pessoas que encontram este ambiente não de incenso, mas de charlatanismo, dizem: ‘Prefiro ser um pagão’, e se decepciona. Com esta linguagem de ambição e de ciúmes afastamos as pessoas e não deixamos o Espírito agir”.
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“Devemos cuidar do Espírito Santo e não falar como o diabo nos ensina. Desculpe-me se eu sempre falo sobre este tema, mas é o inimigo que destrói as nossas comunidades: as murmurações”.
“A Virgem – continuou – foi cuidada pelo Espírito Santo e se tornou mãe do Filho de Deus. Não joguemos pedras em nós mesmos, porque o diabo se diverte: peçamos esta graça, de cuidar do Espírito Santo que está dentro de nós. Não nos entristeçamos, e que a nossa atitude seja de doçura e de respeito”.
Como fez em outras ocasiões, o Papa se reuniu com as pessoas que desenvolvem diferentes trabalhos pastorais e se submeteu às perguntas de algumas crianças da catequese. Também saudou muitos jovens, pessoas doentes, famílias com crianças batizadas, assim como membros do Caminho Neocatecumenal que o esperavam emocionados. Além disso, atendeu confissões de quatro fiéis e, em seguida, celebrou a Missa.
Esta foi a 15ª visita a uma paróquia da Diocese de Roma realizada pelo Papa e é o terceiro Pontífice que a visita. O primeiro foi Paulo VI, em 27 de fevereiro de 1972, e o segundo São João Paulo II, em 13 de dezembro de 1988.
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— ACI Digital (@acidigital) 22 de maio de 2017