“Despertem o mundo e iluminem o future!”, convidou o Papa Francisco a centenas de religiosas em uma audiência no Vaticano na qual também lhes pediu para serem profetas e terem um bom discernimento para evitar serem vítimas da mundanidade.

“Sejam profetas de esperança” para “continuar fazendo grandes coisas”, pediu o Papa em um discurso às participantes do Capítulo Geral das Pias Discípulas do Divino Mestre, uma congregação da Família Paulina com presença em todo o mundo.

“É necessário manter um clima de discernimento, para reconhecer o que pertence ao Espírito e o que é contrário a Ele”. “Diante de nós se abre um mundo de possibilidades” e “a cultura em que estamos imersos nos apresenta todas como válidas e boas, mas se não quisermos ser vítimas da cultura do zapping, e às vezes de uma cultura de morte, devemos incrementar o hábito do discernimento, nos formar e formar para o discernimento”.

O Papa convidou a cultivar “a atenção e o acolhimento recíproco” e a praticar “a correção fraterna e o respeito pelas irmãs vulneráveis” e pediu para lutarem contra “as divisões, invejas e fofocas, dizendo as coisas com franqueza e caridade”.

O Santo Padre deu ênfase aos frutos de comunhão e afirmou que “nosso Deus é o Deus da história e nossa fé é uma fé que atua na história. Nos questionamentos e nas esperas dos homens e das mulheres de hoje encontramos indicações importantes para nosso seguimento de Cristo”.

“Convido-as a cultivar o diálogo e a comunhão com os outros carismas e a combater  toda forma de autorreferencialidade. É feio quando um consagrado ou uma consagrada é autorreferencial, que está sempre diante do espelho se olhando”.

Francisco pediu também capacidade de “escuta” e de “partilha”, pois “são atitudes necessárias para um bom Capítulo e para uma saudável vida fraterna em comunidade, na qual todos dão e todos recebem”.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

“Não se cansem de exercitar continuamente a arte da escuta e da partilha”, sublinhou. “Nesse tempo de grandes desafios, que exigem dos consagrados fidelidade criativa e busca apaixonada, a escuta e a partilha são muito necessárias, se quisermos que a nossa vida seja plenamente significativa para nós mesmos e para as pessoas que encontramos”.

Por outro lado, destacou a importância de viver “a profecia da alegria, aquela que nasce do encontro com Cristo numa vida de oração pessoal e comunitária, de escuta da Palavra, no encontro com os irmãos e irmãs”.

“A alegria é uma bela realidade na vida de muitos consagrados, mas também um desafio para todos nós. Um discípulo triste é um triste discípulo!”, comentou, assinalando que “a alegria autêntica é o testemunho mais crível de uma vida plena”.

“Não se unam aos profetas da desgraça que fazem tanto mal à Igreja e à vida consagrada, não cedam à tentação da ‘sonolência’ – como os apóstolos no Getsêmani – e do desespero”.

Confira também: