O quarto consistório do Papa Francisco anunciado no dia 21 de maio se assemelha ao último de Bento XVI por quatro razões: a surpresa, o pequeno número de cardeais, assim como a ausência de octogenários e de cardeais italianos.

Comecemos pela surpresa: o consistório será no dia 28 de junho, sete meses após o último, que aconteceu durante o encerramento do Ano Santo, quando Francisco havia designado 17 purpurados. Ninguém esperava – como no consistório convocado por Bento XVI em novembro de 2012 –, um novo grupo de cardeais poucos meses depois do anterior.

O pequeno número de cardeais. Neste caso, Francisco criará cinco cardeais; enquanto Bento XVI havia criado seis.

Como no consistório de novembro de 2012, não foram considerados na lista novos purpurados octogenários e que, portanto, são excluídos por motivo de idade em um próximo conclave.

Além disso, como Bento XVI fez, neste caso também não há novos cardeais italianos.

Com os cinco novos purpurados, os cardeais eleitores subirão para 121, um a mais que número limite estabelecido pelo Beato Paulo VI e confirmado pelos seus sucessores.

Com o ingresso de novos bispos no Colégio Cardinalício, a Europa passa de 51 para 53 eleitores, a América Central de 4 para 5, África e Ásia de 14 para 15 cada.

A América do Norte permanece com 17 eleitores, a América do Sul com 12 e a Oceania com 4.

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Também neste consistório, o Papa Francisco confirma a sua predileção pelas igrejas da periferia e de fronteira, em detrimento das igrejas “historicamente” cardinalícias e também da Cúria Romana.

A idade média dos novos cardeais é de 71,6 anos. O mais novo é o sueco Anders Arborelius, que completará 68 anos em setembro, e o mais velho é o Cardeal Gregório Rosa Chávez, que completará 75 anos também em setembro.

O Papa Francisco criou em seus quatro consistórios 61 cardeais, dos quais 49 são eleitores e 12 não eleitores. Atualmente, do total de cardeais eleitores, 52 foram criados por Bento XVI e 20 por São João Paulo II.

Com exceção da Espanha, recebem a púrpura pela primeira vez os representantes de El Salvador, Suécia, Mali e Laos. Além disso, há a particular eleição de um vigário apostólico e de um bispo auxiliar.

Trata-se de duas novidades, como a criação cardinalícia de um núncio apostólico em novembro de 2012, algo que não acontecia há várias décadas.

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