SANTIAGO, 29 de mai de 2017 às 06:00
Há três anos, a Igreja no Chile lançou a “Lavanderia 21”, um novo projeto de inclusão profissional para pessoas com Síndrome de Down, cujo resultado hoje superou muito o esperado.
Tudo começou em 2012, quando o Arcebispo de Concepción, Dom Fernando Chomali, conheceu esta inciativa exitosa na Europa e nos Estados Unidos, por isso, decidiu organizá-la em sua Arquidiocese.
Foi assim que, em 2014, abriu suas portas ao público a “Lavanderia 21”, nome que surgiu precisamente pela alteração no par do cromossomo 21 que produz a Síndrome de Down.
“É um projeto único na América Latina”, comentou ao Grupo ACI Paula Abarzúa, educadora diferencial e membro da equipe responsável pela lavanderia.
Abarzúa explicou que o projeto começou com 11 jovens e atualmente são 15, além de outros 6 que começaram ali, mas que hoje trabalham em outros lugares, como na Arquidiocese de Concepción e na Casa de Retiro Betania.
Existem dois turnos de trabalho, um na manhã e outro na tarde. Entre os clientes estão clínicas, hotéis e ônibus.
Sobre o processo de trabalho, Arbazúa assinalou que “são os meninos que selecionam, separam, pesam e carregam as máquinas”.
“Além disso, quando o processo de lavagem termina, eles tiram a roupa e colocam para secar. Em seguida, passam e dobram”, disse ao Grupo ACI.
Abarzúa trabalha com os jovens desde que o projeto começou e afirmou que “a mudança que tiveram é muito grande”.
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“Agora, sentem-se mais autônomos, independentes, o fato de receber um salário os dignifica muito”, assegurou.
Além disso, “o crescimento pessoal, a maturidade que gerou neles e o compromisso com seu trabalho é muito satisfatório para todos nós. Eles valorizam seu trabalho”.
“Minha experiência pessoal é incrível – continuou Abarzúa – o bem-estar e a satisfação que eles te passam é muito grande”.
“Ninguém aqui fica triste. Todo o dia está feliz, então, esse amor que eles te passam é o que te preenche e faz com que queira seguir crescendo cada dia para estar bem para eles”, acrescentou.
Para a profissional, “o fato de estarmos na Igreja demonstra que realmente está comprometida com o tema da inclusão e deveria ser uma ideia a se replicar em todo o mundo”.
Finalmente, Abarzúa afirmou que “o tema dainclusão profissional é difícil, custa, mas eu convido todas as pessoas a assumir o desafio e fazê-lo próprio”.
“Esta lavanderia demonstra que é possível trabalhar com pessoas em situação de deficiências e fazem muito bem. São brilhantes”, sustentou a educadora.
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— ACI Digital (@acidigital) 2 de dezembro de 2016