O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Müller, recordou aos fiéis que o Santo Padre não é o messias, mas o vigário de Cristo; portanto exortou a não cair em certo papismo.

Durante a apresentação do seu livro “Indagine sulla Speranza”, o Cardeal alemão expressou que ficou “impressionado que alguns grandes inimigos de João Paulo II e de Bento XVI, que minaram o fundamento da teologia em outros períodos, atualmente se converteram em uma forma de papismo que me causa um pouco de temor”.

“Voltamos às discussões do Concílio Vaticano I, com a ideia de que quase todas as palavras do Papa são infalíveis”, advertiu. “Mas o Papa não é o Messias, é o Vigário de Jesus Cristo, o servo de Jesus Cristo”, assinalou.

Segundo informou ACI Stampa – agência em italiano do Grupo ACI –, o Purpurado advertiu que “os meios de comunicação veem o Papa como um personagem, mas o Papa Francisco recorda sempre o dever de confirmar na fé”.

“Nos primeiros dias do seu pontificado o Papa Francisco, enquanto era aplaudido na praça disse: aplaudam Jesus, não me aplaudam. E esta é a perspectiva do papado”, afirmou.

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O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé disse que “não é bom que a gente, lendo qualquer coisa sobre o Papa Francisco, chegue até o bispo ou o pároco dizendo: ‘o Papa disse...’; porque o pastor da paróquia é o pároco e o bispo na diocese, em comunhão visível com o Papa”.

“Não se deve concentrar tudo sobre o Papa, porque o bispo, o pároco são os pastores do rebanho. Não se deve cair em certo papismo. Os verdadeiros amigos do Papa não são aduladores, mas aqueles que colaboram com ele e com os bispos para sustentar a fé. É verdade que os meios de comunicação mudaram muito as coisas, mas o importante é viver concretamente a Igreja particular em união com o Papa”, assinalou.

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