Roma, 8 de jun de 2017 às 06:00
Silvia Mariela se define como missionária, entretanto, sua missão tem um carisma especial: sempre evangeliza com um violão; seja para doentes, crianças, presos, famílias, a sua maneira de transmitir a Palavra de Deus é através da música.
Silvia é de Assunção, no Paraguai. Chegou a Roma para viver o encontro mundial da Renovação Carismática por ocasião dos 50 anos deste movimento.
Em entrevista concedida ao Grupo ACI explica que está há 24 anos “neste ministério, transmitindo a Palavra de Deus através da música”. Afirma que teve o seu primeiro encontro com Cristo em setembro de 1992.
“Através da música o Senhor me chamou para servi-lo e eu faço parte dessa corrente de graça, é onde eu cresci e a partir da qual continuo a minha formação”.
Em seguida, explicou que estudou Psicologia “como uma ferramenta para o que eu faço, mas atualmente estou estudando o segundo ano de Filosofia e também Teologia, para a minha formação católica, leiga, por tudo o que eu faço”.
Esta cantora, comprometida com a evangelização, explica que a música a “ajuda a evangelizar os jovens. As crianças compreendem mais a Palavra de Deus através da música, as crianças aprendem melhor quem é Jesus através da música”.
Não só com os jovens e as crianças a evangelização é mais eficaz através da música, Silvia assegura que a sua experiência lhe mostrou que a música também é um bom instrumento para a evangelização de adultos.
Nesse sentido conta que, “às vezes, tenho que levar a Palavra de Deus a um doente e eu levo o meu violão. Em outras ocasiões, tenho que ir a uma prisão para visitar os presos e, então, levo um teclado. Sempre com música, porque a música prende, a música toca a alma, a música chega ao coração, ainda mais quando o que você tenta transmitir é a Palavra de Deus, que é a que tem poder”.
Uma vez, depois de interpretar uma canção sobre o perdão, uma pessoa se aproximou dela e disse que esta canção tinha ajudado a dar o passo que precisava para se reconciliar com a sua família.
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“Lembro que isto aconteceu ao final de uma Jornada Mundial da Juventude. Essa pessoa disse: ‘Depois deste canto de perdão, eu sinto o desejo de me aproximar da minha família, pois estou afastada deles há 15 anos, e sinto o desejo de ir, pedir perdão e me reconciliar. Deus me tocou através dessa canção’”.
“Eu sempre digo que não é a voz da pessoa que canta, ou ter determinada técnica, mas é Deus mesmo, agindo através dessa música”. Silvia se lembra de muitos outros testemunhos semelhantes a este na prisão. “Eles dizem: ‘Senti o consolo de Deus, o abraço de Deus’”.
Também evangelizou pessoas muito doentes, algumas que estavam até mesmo agonizando. “Não sabia se me escutavam ou não. São coisas que uma pessoa faz para dar aos outros, mas no final sempre recebe, porque Deus me abençoa através disso”.
Uma das fontes de inspiração de Silvia é Madre Teresa de Calcutá. “Ela sempre dizia quando rezava a Deus: ‘Eu quero ser um lápis nas tuas mãos’. Como eu sempre digo, através da música, quero ser microfone nas mãos de Deus, porque eu gostaria que fosse Ele quem tocasse os corações através da minha música”.
Silvia também recorda como uma graça de Deus a transmissão que realizou para o canal EWTN de quatro Jornadas Mundiais da Juventude: Colônia, Sydney, Rio de Janeiro e Cracóvia.
“Para mim, foi uma bênção poder chegar a muitos corações, poder levar a tantas famílias um pouco do que estávamos vivendo lá”, sublinhou.
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— ACI Digital (@acidigital) 22 de maio de 2017