Roma, 10 de jun de 2017 às 12:00
O ministro de Interior do Egito, Magdi Abdel Ghaffar, aconselhou os cristãos a diminuírem suas visitas e celebrações litúrgicas em igrejas e mosteiros como medida de segurança para evitar que se tornem vítimas de atentados terroristas como os que ocorreram no Domingo de Ramos.
Segundo informou a agência vaticana Fides, a sugestão foi expressa pelo ministro durante uma reunião realizada na quinta-feira, 8 de junho, com os responsáveis máximos da segurança das províncias egípcias nas quais há maior risco de ações terroristas contra a população civil e as forças militares e policiais.
Em seu discurso difundido pelos meios de comunicação egípcios, Ghaffar confirmou que as igrejas e mosteiros estarão no centro das medidas de segurança nesses momentos de emergência, em coordenação com a comunidade e as autoridades eclesiais.
Entretanto, a agência Fides assinalou que esta recomendação “parece contradizer os chamados recentes – expressados pelos responsáveis das políticas egípcias para o turismo – que tem por objetivo promover” o Egito “como um lugar de peregrinação para todos os cristãos do mundo, seguindo os passos da Sagrada Família”, que, como relata a Bíblia, refugiou-se neste país para salvar o Menino Jesus da perseguição de Herodes.
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No Domingo de Ramos deste ano, o Estado Islâmico (ISIS) realizou dois atentados contra templos cristãos no Egito, causando ao menos 45 mortes. O primeiro atentado aconteceu na igreja copta de São Jorge, em Tanta. Uma segunda explosão se deu minutos depois na igreja de Morkoseya, em Alexandria.
Confira também:
Atacam ônibus com cristãos coptos no Egito, há ao menos 23 mortos.https://t.co/Ts3I7cmRiT pic.twitter.com/gyYE66JcxG
— ACI Digital (@acidigital) 26 de maio de 2017