Um homem, aparentemente cristão evangélico, entrou na Catedral de São Pedro Sula, em Honduras, e destruiu as imagens do Sagrado Coração de Jesus, da Virgem da Medalha Milagrosa e de vários anjos.

Por volta das 11h30 (hora local) do dia 10 de junho, o sujeito, identificado pela imprensa local como Edman Garanche, entrou no templo católico com uma maleta, na qual carregava uma Bíblia, um livro intitulado "Apascenta as minhas ovelhas” e um passaporte.

De forma inesperada, o homem jogou no chão o pedestal que servia de base para uma imagem da Virgem Maria. A imagem caiu no chão e foi destruída.

Imagem do Sagrado Coração de Jesus desfigurada. Foto: Cortesia Catedral de São Pedro Sula.

Em seguida, atacou as imagens dos anjos e, finalmente, desfigurou o rosto da imagem do Sagrado Coração de Jesus.

Os guardas conseguiram impedi-lo quando tentava destruir as imagens da Via Sacra, nas paredes do templo.

Imagem da Virgem da Medalha Milagrosa destruída.  Foto: Cortesia Catedral de São Pedro Sula.

Em declarações ao Grupo ACI, o Pároco da Catedral, Pe. Glenis Mejia, explicou que “a Catedral é um ícone da cidade de São Pedro Sula e é um recinto onde todas as pessoas entram normalmente, como um lugar público”, por isso ninguém suspeitou do atacante.

Logo depois, o suspeito foi levado para a delegacia. No lado de fora da Catedral, um homem que se identificou como o pai do agressor disse que ele sofria de um transtorno mental.

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Material que o homem que atacou as imagens na Catedral de São Pedro Sula carregava. Foto: Cortesia da Catedral de ã Pedro Sula.

“Eu fiz a denúncia”, disse o sacerdote e assinalou que um restaurador de imagens calculou em 12 mil lempiras (aproximadamente 512 dólares) o valor do seu trabalho.

Pe. Mejía lamentou que os policiais tenham tentado convencê-lo a não apresentar uma denúncia.

“Disseram-me: ‘Padre, esta denúncia não procede muito, porque ele tem problemas mentais’”, assinalou. Mas, garantiu: “Eu não posso ignorar isso, porque outra pessoa vai vir fazer a mesma coisa”.

Além disso, o sacerdote assinalou que o agressor costuma pregar no parque em frente à Catedral e entre os seus pertences carregava um passaporte, “parece que era para ir pregar em El Salvador, Guatemala”.

“Se pregamos um Deus de amor, o Deus de amor não procede desta maneira. E se eu não denuncio isto, eu serei cúmplice das pessoas que manifestam a violência, a guerra, o conflito, que destroem a harmonia entre irmãos”, assinalou.

“Os policiais, às vezes, zombam dizendo que são cristãos evangélicos, e querem que deixem tudo como está, mas eu não posso permanecer calado diante disso”, precisou.

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