No dia 2 de julho, a Igreja em Portugal irá promover um dia de oração de coleta de doações para os atingidos pelos incêndios do último fim de semana.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 21, pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), reunida em Fátima nas Jornadas Pastorais e em Assembleia Plenária extraordinária.

Em um comunicado, a CEP pede “a todas as comunidades cristãs e a quem deseje associar-se que, além de outras iniciativas solidárias, dediquem a oração, o sufrágio e o ofertório do primeiro domingo de julho a esta finalidade e que enviem o produto desta recolha fraterna para a Cáritas Portuguesa”.

Os Bispos portugueses disseram ter acompanhado “com dor, preocupação solidária e oração a dramática situação dos incêndios que provocaram numerosas vítimas e que estão a causar enorme devastação no país”.

“Partilhamos, antes de mais, a dor dos que choram os seus familiares e amigos que perderam a vida, pedindo a Deus que os acolha junto de Si”, expressam.

Além disso, os Prelados manifestam o “reconhecimento e apoio aos bombeiros, às organizações de socorro e aos numerosos voluntários, nacionais e estrangeiros, que envidam todos os esforços para salvar vidas, minorar danos e evitar a perda de pessoas e de bens, mesmo à custa de canseiras e riscos pessoais”.

Sublinham ainda que neste momento, “em cada uma das nossas Igrejas diocesanas, sentimo-nos próximos e comprometidos com a situação dramática dos que sofrem”.

Nesse sentido, recordam o trabalho das “comunidades cristãs, das Cáritas Diocesanas e da Cáritas Portuguesa, e de outras instituições eclesiais”, que buscam “providenciar meios de primeira necessidade e colaborar no ressurgir da esperança, da solidariedade e do alento para reconstruir a vida e o futuro”.

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Os Bispos lembram ainda a Nota Pastoral que publicaram em 27 de abril deste ano, intitulada “Cuidar da casa comum – prevenir e evitar os incêndios”, na qual abordam este problema que se repete em Portugal.

“Estamos conscientes da necessidade de medidas mais preventivas, concretas e concertadas sobre esta calamidade que todos os anos atinge o nosso país”, afirmam.

Nesta Nota Pastoral, os Bispos ressaltaram que Portugal “tem sido de tal modo assolado por incêndios que estes se tornaram um autêntico flagelo com proporções quase incontroláveis”.

O incêndio que teve início em uma área florestal de Pedrógão Grande no sábado, 17 de junho, se alastrou para municípios vizinhos como Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos. Até o momento, foram registrados 64 mortos e mais de 160 feridos. Além disso, 150 famílias ficaram desalojadas.

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