Cidade do México, 21 de jun de 2017 às 17:00
Aplicando “a razão e a ciência” e recordando o ensinamento da Igreja Católica, o físico mexicano Adolfo Orozco Torres, pesquisador do Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma do México, advertiu sobre os perigos dos jogos “de adivinhação”, como a leitura de cartas e a ouija, e explicou as três razões que levam algumas pessoas acreditarem nessas práticas.
Entrevistado pelo semanário católico ‘Desde la Fe’, da Arquidiocese Primaz do México, Orozco Torres, também presidente do Centro Mexicano de Sindonologia, lamentou que “muitas pessoas de boa vontade, que se aproximam destas práticas condenadas pela Igreja, ã que vão contra o primeiro mandamento, pensarão que estou exagerando, mas só estou repetindo com as minhas palavras os ensinamentos da Igreja, e aplicando a razão e a ciência”.
1. “Uma credulidade infantil”
O cientista mexicano assinalou que a primeira razão pela qual as pessoas acreditam nessas práticas “é uma credulidade infantil na existência de fadas, duendes e criaturas míticas”.
Esta, disse, é “uma ideia proveniente dos mais distantes e escuros inícios da humanidade e da razão, que sobrevive em um substrato da mente quando esta não é ilustrada ou não aprendeu a raciocinar corretamente”.
2. “Fraudadores profissionais”
A segunda razão pela qual estas práticas persistem, assinalou, “é a abundância de fraudadores profissionais que vivem para explorar as pessoas, dizendo-lhes coisas que elas querem ouvir, ou que estão predispostas a aceitar”.
“Assim, se dizem a uma mulher ciumenta: ‘Sim, o teu marido te trai’, é uma ‘adivinhação’ que se encaixa bem, mesmo com seus efeitos devastadores, que podem causar tragédias terríveis”, advertiu.
3. “Os enganos do ‘pai da mentira’”
“Aqui é onde encontramos coisas como o chamado New Age, assim como as múltiplas e variadas formas de ‘cura’ ou ‘purificação’, como o fato de ir no dia 21 de março encher-se de energia nas pirâmides ou outros ‘centros energéticos’”, disse.
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Orozco Torres assinalou que outras destas práticas sancionadas pela Igreja são “o ‘jogo’ da Ouija, ou o dos lápis cruzados, passando por todas as formas de adivinhação, as curas realizadas por bruxos, as operações cirúrgicas realizadas por meio da imposição de mãos, a predição das constelações familiares, e outras que são enganos do ‘pai da mentira’, como Jesus chamou o demônio, que tem uma finalidade específica em tudo isso”.
O presidente do Centro Mexicano para a Sindonologia recordou que existem dois tipos de manifestações, as naturais e as sobrenaturais.
“As primeiras se referem a qualquer fenômeno ou acontecimento devido à interação das diferentes forças ou objetos naturais; enquanto as sobrenaturais são fenômenos nos quais há efeitos que sobrepassam as próprias potencialidades da natureza, como a Ressurreição de Cristo, ou o fato de que uma pessoa possa permanecer durante dez anos alimentando-se exclusivamente da Eucaristia”.
Um terceiro tipo é o “preternatural”, que o teólogo José Antonio Fortea define em seu livro Summa Daemoniaca como “a ação que vai além do ato da natureza do universo material. Este é o resultado da ação de uma natureza angélica ou demoníaca que é preternatural. A palavra vem de praeter naturam, além da natureza”.
Orozco Torres destacou que os demônios enchem a prática “New Age” e de adivinhações com a mensagem de que “você pode fazê-lo, você é o seu próprio deus, você tem capacidades escondidas ou que estão dormindo, que você pode acordar e assumir as rédeas do seu destino”.
“Muito cuidado!”, disse. “Há somente um pastor e um caminho, o que nos assinala e nos dá a verdadeira vida: Cristo”.
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— ACI Digital (@acidigital) 6 de junho de 2017