ROMA, 4 de jul de 2017 às 11:30
A presidente do Hospital Bambino Gesù, em Roma, conhecido como “Hospital do Papa”, se ofereceu para acolher em suas instalações o pequeno Charlie Gard, um bebê que sofre de uma doença terminal e que teria os aparelhos que o mantêm vivo desligados nos próximos dias contra a vontade dos pais, mas com a autorização do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Mariella Enoc: "Siamo vicini ai genitori nella preghiera e, se questo è il loro desiderio, disponibili ad accogliere #Charlie presso di noi" pic.twitter.com/6YzqBRNAC3
— Bambino Gesù (@bambinogesu) 3 de julho de 2017
A presidente do hospital, Mariella Enoc, publicou um tuíte no qual assinala que as palavras do Papa Francisco no domingo, em relação ao pequeno Charlie, “sintetizam bem a missão do Hospital Bambino Gesu”.
“Por este motivo, pedi ao diretor de saúde para verificar com o Grande Ormond Street Hospital de Londres, onde o recém-nascido está internado, se existem condições para uma eventual transferência de Charlie para o nosso hospital. Sabemos que é um caso desesperador e que, segundo parece, não existem terapias eficazes”, indica a declaração.
“Expressamos a nossa proximidade aos pais na oração e, se este for o seu desejo, estamos disponíveis para acolher o seu filho conosco, pelo tempo que tiver de vida”, conclui.
Charlie, atualmente com 10 meses de idade, sofre de síndrome do esgotamento mitocondrial, uma doença genética rara que afeta poucas crianças em todo o mundo.
O mal provoca uma fraqueza muscular progressiva e pode causar a morte durante o primeiro ano de vida.
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Os pais do bebê, Chris Gard e Connie Yates, arrecadaram mais um milhão de dólares para levar seu filho aos Estados Unidos, para submetê-lo a um tratamento experimental.
Os médicos do Hospital Great Ormond Street, em Londres (Reino Unido) foram contra esta decisão e determinaram que os aparelhos seriam desligados.
Chris e Connie começaram uma batalha legal que terminou em 27 de junho com uma decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos em favor do hospital e dos tribunais britânicos, considerando “inadmissível” a apelação dos pais do bebê.
Em 30 de junho, o dia em que iam desligar os aparelhos do pequeno Charlie, sua mãe anunciou no Facebook que depois de um diálogo com as autoridades do hospital, “concordaram em nos dar um pouco mais de tempo com Charlie”.
No domingo, 2 de julho, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, divulgou uma declaração na qual o Papa Francisco pede que se respeite a vontade dos pais de Charlie Gard.
Confira também:
Papa pede que se respeite a vontade dos pais de Charlie Gard https://t.co/P2HvCmuBYg
— ACI Digital (@acidigital) 3 de julho de 2017