JERUSALÉM, 4 de jul de 2017 às 17:00
Todos os anos, no dia 1º de julho, na Basílica da Agonia, em Jerusalém, é celebrada a Missa pela festa do Preciosíssimo Sangue de Jesus e os frades franciscanos comemoram este dia com um gesto muito especial.
No início da eucaristia, lançam pétalas de rosa sobre a pedra onde, segundo a tradição, caíram as gotas do suor de sangue que Jesus derramou enquanto rezava durante a noite de sua Paixão no Monte das Oliveiras.
Após o Concílio Vaticano II, esta festa, instituída em 1849 pelo Papa Pio IX, passou a ser celebrada junto com a festa de Corpus Domini em um só dia: na Solenidade de Corpus Christi, que acontece 60 dias depois do Domingo da Ressurreição.
Entretanto, a Custódia da Terra Santa ainda festeja separada a festa do Preciosíssimo Sangue de Jesus porque na Basílica da Agonia se conserva o espaço físico onde Jesus suou sangue.
Na Missa que presidiu no sábado, 1º de julho, o Custódio da Terra Santa, Pe. Francisco Patton, refletiu sobre a dor que Cristo suportou por amor à humanidade e afirmou que “não somos sequer capazes de imaginar a provação que Jesus Cristo passou no momento em que sentiu que seu cálice, ou seja, sua vocação e sua missão, atravessariam as experiências mais escuras de nossa existência humana”.
Pe. Patton indicou que Jesus sentiu “a solidão, o abandono, o fracasso, o sofrimento físico e interior, o afastamento de Deus, a morte violenta, dolorosa, injusta”.
Por isso, o Custódio da Terra Santa destacou que “é o Sangue Preciosíssimo de Jesus Cristo, ou seja, sua vida entregue por amor infinito, o que nos liberta da morte, fazendo-nos passar através dela”.
Esta Eucaristia foi oferecida pela paz na terra Santa. Em declarações ao ‘Christian Media Center’, Pe. Diego Dalla Gassa, diretor do eremitério de Getsêmani, assinalou que o fato de comemorar esta festa no lugar onde Jesus suou sangue “significa celebrar o mistério da redenção”.
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Quando terminou a Missa, os fiéis se ajoelharam para rezar diante da pedra, que está localizada sob o altar da Basílica. O local está rodeado por uma pequena grade de ferro que tem formato de uma coroa de espinhos e está decorada com figuras de pombas que bebem de um cálice.
Pe. Gassa afirmou que “essa pedra é testemunho, memória viva de seu Sangue. Ao derramar-se, o sangue de Jesus redime a humanidade. É um grande presente”.
Em 1924, terminou-se de construir o templo atual onde se guarda a pedra. Este foi erguido sobre as ruínas de uma capela edificada pelos cruzados e que tinha sido abandonada em 1375.
Como vários países do mundo doaram dinheiro para a construção desta igreja, também é conhecida como a “basílica de Todas as Nações”.
Atualmente, a pedra está um pouco deteriorada porque muitos peregrinos a tocam e encostam sua cabeça quando rezam.
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— ACI Digital (@acidigital) 26 de junho de 2017