MADRI, 6 de jul de 2017 às 13:00
O Arcebispo de Madri, Cardeal Carlos Osoro, visitou uma casa de acolhida para mulheres vítimas de tráfico de pessoas, a fim de conhecer diretamente o trabalho realizado, levar uma mensagem de esperança e reafirmar o apoio por parte da Igreja Católica.
A casa de acolhida pertence ao “Proyecto Esperanza” (Projeto Esperança), um programa de apoio integral a mulheres vítimas do tráfico com fins de exploração. A iniciativa foi criada pela Congregação de Religiosas Adoradoras da Espanha.
“Há um grão de mostarda semeado no ‘Proyecto Esperanza’: sem este grão, a Igreja de Madri seria muito mais pobre. Porque as grandes riquezas e tesouros não se manifestam em quantidade”, disse o Cardeal Osoro no dia 4 de julho, após compartilhar a parábola do grão de mostarda com cerca de 20 sobreviventes durante um jantar no jardim da casa de acolhida.
Em seguida, acrescentou que ver “como essas mulheres refazem sua existência e vão crescendo em todas as dimensões de sua vida é algo muito grande”.
Segundo Ana Almarza, diretora do projeto, o convite ao Cardeal Osoro se deu “no marco do Grupo Santa Marta” para “manter uma linha de trabalho em rede e cooperação entre a Arquidiocese de Madri e organizações sociais da Igreja”.
O Grupo Santa Marta é uma iniciativa par a luta contra o tráfico de pessoas impulsionada pelo Papa Francisco, que envolve entidades de segurança de vários países, episcopados, organizações sociais e representantes de diversas confissões religiosas.
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No encontro, uma das mulheres vítimas de tráfico indicou que, através do projeto, recebeu acompanhamento “durante todo o processo de forma muito pessoal” e que conseguiram “tirar de cada uma o melhor que temos”.
Logo após, uma das religiosas Adoradoras da comunidade acrescentou que se deve “dar graças a Deus pelos processos que realizaram, as famílias que formaram”.
“A obra é de Deus, mas nós somos instrumentos em suas mãos. Elas nos ensinam sempre, me evangelizam. Gostou muito de ver a força de vontade que têm, esse espírito, ver que não se rendem, que lutam”, assinalou.
Há 18 anos, o “Proyecto Esperanza” ofereceu apoio integral a mais de 900 mulheres vítimas de tráfico de 60 nacionalidades. Em 2016, atenderam a 198 pessoas das quais 77% eram mulheres muito jovens, entre 24 e 30 anos.
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— ACI Digital (@acidigital) 9 de dezembro de 2016