O Vaticano expressou seu rechaço à inclusão de material para realizar aborto como parte de um pacote de “ajuda humanitária” da Organização das Nações Unidas (ONU), no marco da elaboração do documento “Fortalecimento da Coordenação da Assistência Humanitária de Emergência das Nações Unidas”.

O Observador Permanente da Santa Sé ante o Escritório das Nações Unidas em Genebra, Dom Ivan Jurkovic, criticou a inclusão do “controverso Pacote de Serviço Inicial Mínimo (MISP, na siga em inglês)”, em uma mensagem publicada no dia 23 de junho.

Este “pacote” elaborado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), explicou Dom Jurkovic, “inclui 13 tipos de kits de saúde reprodutiva feito para mulheres e meninas em idade reprodutiva, alguns dos quais implicam o aborto”.

“Entre eles, ‘KIT 10’ integra um extrator a vácuo, que é o método mais comum de induzir o aborto, e que traz também sérios riscos à saúde da mãe”, indicou o Prelado.

O Observador Permanente da Santa Sé ante a ONU assinalou que “nossa Delegação quer insistir em que os cuidados de saúde nunca devem pretender – ou trabalhar – contra a vida dos mais indefesos ou dos não nascidos”.

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Dom Jurkovic sublinhou que o Vaticano “não considera o aborto, o acesso ao aborto ou a abortivos como parte integrante da ‘saúde sexual e reprodutiva’ nem dos ‘serviços de cuidado da saúde sexual e reprodutiva’”.

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