NOVA DELHI, 11 de jul de 2017 às 17:00

Na Índia, os catequistas utilizam a bicicleta como um instrumento para poder evangelizar as pessoas que vivem nos povoados localizados nas áreas remotas do país.

Este é o caso de Leos Tirkey, casado, pai de três filhos e catequese há 15 anos, que gosta de “servir aos demais”.

“Com minha bicicleta, percorre os quilômetros que separam os povoados onde ensino o catecismo”, disse à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).

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“As pessoas sempre se alegram ao me ver chegar a seus povoados. Meu trabalho consiste em prepará-los para a Primeira Comunhão, para a confissão, para a Missa dominical, para receber os demais sacramentos”, assinalou.

Leos indicou que “também dirijo a oração em comunidade, ensino a conhecer Deus e como viver uma vida melhor. Dou graças a Deus por esse bicicleta que me ajuda tanto no meu trabalho pastoral”.

O catequista assinalou que cada vez que viaja de bicicleta, leva consigo uma bolsa com “uma Bíblia, um livro de orações, outro de cantos, um terço e algumas roupas limpas”.

No vídeo divulgado pela ACN, que apresenta o testemunho de Leos, a fundação pontifícia explica que, como ele, há milhares de catequistas, sacerdotes, religiosas que pedem ajuda todos os anos para conseguir bicicletas, barcos, carros, para poder “levar Cristo a cada lugar”.

Este pedido responde à exortação que o Papa Francisco fez em várias ocasiões de “sair de nossa própria comodidade e nos atrevermos a chegar a todas as periferias que necessitam da luz do Evangelho”.

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De acordo com a Ajuda à Igreja que Sofre, a Índia tem mais de 1,2 bilhão de habitantes e o número de católicos no país é de cerca de 19 milhões. O principal aporte da Igreja nesse país se reflete na educação, nos serviços sociais e na área de saúde.

Por exemplo, mais de 15 mil pacientes com AIDS ou portadores do HIV são atendidos pela organização Catholic Medical Association of India (CHAI).

Além disso, a Congregação das Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora (SMI) trabalha junto com a polícia para libertar as mulheres e as meninas que são vítimas da exploração sexual em Calcutá.

Neste país, os católicos também sofrem a perseguição dos extremistas hindus. Em 13 de maio, no estado de Andhra Pradesh, mais de 100 extremistas atacaram uma igreja recém-inaugurada dedicada a Nossa Senhora de Fátima.

Além disso, a Igreja recorda com dor a onda de violência que o distrito de Kandhamal sofreu há nove anos. Os extremistas hindus, com a intenção de realizar uma “limpeza étnica”, provocaram o êxodo de 50 mil pessoas e deixaram cerca de cem mortos. Inclusive, queimaram aproximadamente 6 mil casas cristãs e 300 igrejas.

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