BUENOS AIRES, 15 de jun de 2005 às 14:09
Para o Administrador Apostólico de Resistência, Dom. Carmelo Giaquinta, "é difícil dizer que sejamos uma cidadania culturalmente cristã" porque apesar das expressões de devoção, o país vive consumido em "conflitos irresolutos" pela não prática da fé na vida diária.O Prelado indicou que a Argentina pode ser qualificada de culturalmente cristã se "o julgarmos pelas peregrinações a Luján, Itatí ou Santa Rita de Porto Tirol", entretanto, não se pode pensar o mesmo quando para "defender nossos direitos fundamentais" se utilizam meios de protesto que ferem terceiros.
"Não é minha missão julgar cada ato de protesto em particular", esclareceu. Entretanto, explicou que o fiel deve ser criativo e "encontrar meios de protesto mais de acordo com a fé cristã, que não machuquem terceiros".
Para isso, o Prelado pôs como exemplo a atitude das pessoas do Teatro Colón", que protesta "executando artisticamente as melhores composições musicais".
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Do mesmo modo, qualificou duramente de "sensação de paganismo" a atitude passiva daqueles que olham como se "deteriora a vida pública".
"Se a televisão for um esgoto a qualquer hora –disse– é porque a maioria Católica" se acovarda "apenas dizem que a TV passa o que as pessoas querem ver". Assinalou que "ninguém é capaz de pegar o telefone e reclamar ao diretor do canal. Não o fazem nem sequer as senhoras piedosas, que se escandalizam quando nesta cultura erotizada se viola impunemente a suas filhas ou netas".
Dom. Giaquinta advertiu que o que "acontece a dimensão micro, acontece também na dimensão macro da sociedade".