Uma nova audiência está em curso para determinar se Charlie Gard, o bebê cujo destino cativou o mundo, poderá submeter-se a um tratamento experimental que seus pais acreditam que pode ajudar a salvar sua vida.

Na semana passada, os pais de Charlie conseguiram uma importante vitória, pois o juiz determinou que o especialista Michio Hirano visitasse o Hospital Great Ormond Street para examinar Charlie.

Enquanto os pais de Charlie querem a terapia experimental para o seu filho, e desejam continuar lutando por sua vida, o hospital defendeu que se deve acabar com a vida de Charlie sob a desculpa de que o menino está “sofrendo” e não podem ver nem ouvir.

Agora, os pais de Charlie descobriram que a advogada designada pelo tribunal para representar o bebê Charlie é a chefe de uma organização pró-eutanásia, segundo informou ‘The Telegraph’.

Victoria Butler-Cole, escolhida pelo tribunal para defender o menino, é presidente de Compassion in Dying, uma organização que, embora não promova diretamente o suicídio assistido ou a eutanásia, tem uma organização “irmã” Dignity in Dying, que o faz.

Dignity in Dying, anteriormente conhecida como a Sociedade de Eutanásia Voluntária, pressiona o governo britânico para tornar o suicídio assistido legal.

As duas organizações compartilham o mesmo chefe-executivo e equipe de meios de comunicação. Tanto que, só é permitido sentar no conselho de uma das organizações se apoia os objetivos da outra.

É possível que alguém pró-eutanásia seja imparcial?

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Os pais de Charlie evidentemente não acreditam nisso. “Para a família, parece assombroso que lhes tenha designado como advogada para atuar em interesse de Charlie Gard a presidente de Compassion in Dying, organização anteriormente conhecida como a Sociedade de Eutanásia Voluntária”, informou ‘Daily Telegraph’.

Compassion in Dying, por sua parte, respondeu à controvérsia insistindo que não há conflito de interesses. “Há claras diferenças entre este caso, o trabalho de Dignity in Dying e o trabalho de Compassion in Dying”, manifestou a empresa em um comunicado.

“O caso de Charlie Gard deve tomar decisões pensando no que é melhor para uma criança doente”, indicou.

Publicado originalmente em Actuall.

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