O Papa Francisco telefonou inesperadamente para Maximiliano Acuña, um catador de lixo em Buenos Aires, Argentina, que sofreu um grave acidente no qual perdeu ambas as pernas.

Durante o telefonema, o Santo Padre o encorajou a seguir “sempre em frente, você é um exemplo”.

Em 22 de março Acuña, de 33 anos e pai de 5 filhos, estava coletando o lixo em um bairro de Buenos Aires, quando foi atropelado por um carro estava a 130 quilômetros por hora.

Devido a este acidente, tiveram que amputar as suas duas pernas.

O legislador portenho, Gustavo Vera, decidiu contar o que havia acontecido ao Papa Francisco por e-mail, no qual explicou que “o prognóstico dos médicos era o pior”.

“No melhor dos casos, ficaria em estado vegetativo ou com sérios danos neurológicos e, no pior dos casos, era o seu fim”, contou Vera ao Santo Padre.

Entretanto, “no terceiro dia, Maximiliano saiu do estado de coma e no quinto dia já estava em um quarto normal. Depois de algumas semanas, já estava em casa junto com seus cinco filhos”, contou.

 

Na terça-feira, 18 de julho, Acuña estava se preparando para receber uma homenagem em uma cerimônia na Assembleia Legislativa de Buenos Aires, quando recebeu um telefonema especial.

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“Sou o Papa Francisco, um amigo (Gustavo Vera) me enviou uma mensagem e me emocionou a força que você tem. Sempre em frente, você é um exemplo”, disse o Papa Francisco a Acuña, que foi homenageado na Assembleia Legislativa de Buenos Aires em uma cerimônia que contou com a presença de centenas de catadores.

Acuña perguntou ao Papa se ele estava na Argentina, para convidá-lo para o seu aniversário, “e então, o Papa me disse que não, que estava em Roma, na Itália, e que eu não tinha que ir lá. Ele ia vir para nos conhecermos e conversarmos pessoalmente”.

Na terça-feira, o legislador da Unidade Portenha Gustavo Vera e o Secretário-geral do Sindicato dos Caminhoneiros, Pablo Moyano, propuseram declarar o dia 22 de março como o “Dia do Catador de Lixo”, em homenagem a este jovem catador.

“Deus me devolveu a minha vida, porque tiraram as minhas duas pernas, mas tudo o que está acontecendo comigo é muito bonito”, disse Acuña ao programa de televisão argentino Morfi.

“Sempre acreditei em Deus, eu sempre fui à Igreja, rezando todos os dias e pedindo-lhe trabalho, que cuidasse de mim todos os dias”, acrescentou.

“Deus existe”, afirmou Acuña. “Quero deixar esta mensagem a todos, que Deus existe e que Ele me deu uma nova oportunidade”.

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