CÓRDOBA, 27 de jul de 2017 às 08:00
Em Roma, no dia 21 de julho, deram início ao processo de investigação do suposto milagre realizado por intercessão da fundadora das Franciscanas Cordobesas, Beata Maria del Tránsito Cabanillas.
A documentação para o processo de canonização da primeira argentina declarada beata foi entregue no dia 14 de junho no escritório do chanceler da Congregação para as Causas dos Santos, Dom Giacomo Pappalardo.
O ato foi realizado pela vice-postuladora da causa, Madre Maria Teresa Sánchez e acompanhada pela Madre Marta Jacob. Também participou o frei mexicano Luis Martín Rodríguez Muñoz.
Em 1974 foi aberto o processo para reconhecer as virtudes heroicas da Beata Madre Cabanillas. No dia 28 de junho de 1999, o Papa São João Paulo II a declarou Venerável.
O mesmo Papa São João Paulo II a proclamou beata em 14 de abril de 2002, graças à cura milagrosa do sacerdote argentino Pe. José Roque Chielli, missionário franciscano que sofria um aneurisma cerebral incurável, do qual se recuperou inexplicavelmente depois de rezar uma oração para pedir a intercessão da Madre Cabanillas.
“A populosa cidade de Córdoba, na Argentina, foi testemunha privilegiada da santidade de vida da Beata Madre Maria del Tránsito de Jesus Sacramentado Cabanillas. A sua vida constitui um cântico às grandes obras que Deus realiza nos acontecimentos ordinários da vida cotidiana”, disse naquela ocasião São João Paulo II.
“Interrogando-se acerca daquilo que Deus desejava dela, descobriu a sua vocação franciscana e a inspiração de um projeto de vida religiosa, que se ocupasse de ajudar a mulher a progredir na experiência da fé. Soube ser firme e, ao mesmo tempo, paciente e compreensiva, abraçar a cruz nas dificuldades e permanecer no serviço humilde, mesmo quando sobre elas pesavam graves humilhações e desprezos”, acrescentou.
Breve biografia
A Madre Maria del Tránsito Cabanillas nasceu em 15 de agosto de 1821 em Córdoba, onde viveu a maior parte de sua vida.
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Foi a terceira de uma família numerosa e de boa situação social. Quando seu pai morreu em 1850 e sua mãe em 1858, ocupou-se da educação de seus irmãos mais novos.
Gostava de cultivar o jardim e a horta, do trabalho doméstico e manuais, da ordem e da limpeza.
Seu espírito de serviço a levou a visitar as casas dos pobres, enfermos e desamparados, levando-lhes ajuda material e espiritual, inclusive em meio à epidemia de cólera de 1867, que deixou mais de quatro mil vítimas.
Em 1858, tornou-se Terciária Franciscana. Em 1873, ingressou no Carmelo de Buenos Aires e, em 1874, entrou no mosteiro da Visitação de Montevidéu, mas sua saúde frágil a obrigou a abandonar esta vida.
Em 8 de dezembro de 1878, aos 57 anos, fundou o Instituto das Irmãs Terciárias Missionárias Franciscanas, conhecidas popularmente como Franciscanas Cordobesas, com o objetivo de difundir o espírito franciscano, praticar obras de caridade e misericórdia e educar as crianças e adolescentes na fé.
Morreu aos 64 anos, em 25 de agosto de 1885, dia em que é celebrada a sua memória.
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