Roma, 28 de jul de 2017 às 16:00
Na Espanha, os recentes ataques contra as capelas universitárias e outros episódios de cristofobia não supõem um auge do ódio aos cristãos, assegurou o Arcebispo de Madri, Cardeal Carlos Osoro.
Em resposta a uma pergunta formulada pelo Grupo ACI por ocasião da festa de São Tiago Apóstolo no último dia 25 de julho, que o Cardeal celebrou em Roma, o Arcebispo indicou que “tem a força de Cristo tem muito mais força” do que o ódio.
“Talvez haja posturas que manifestam o desacordo com nossas incoerências, que também, às vezes, os cristãos temos. Tudo isso, acredito, está nos ajudando a centrar, como disse o Papa Francisco, a vida em Cristo”, afirmou.
Para o Cardeal, “centrar a vida em Cristo significa que, ao nosso redor, vemos pessoas às quais dar a mãe. E qualquer ser humano, quando dá a mão de coração, de verdade, responde”.
Com aqueles que têm posturas contrárias aos cristãos, o Arcebispo convida a seguir o exemplo de Jesus: “Acredito que nossa postura é a que nos ensina Jesus quando nos fala de quem é ‘meu próximo’. Há muitos feridos no caminho. Há muitas pessoas que não sabem por que e para que estão no mundo”.
Nesse sentido, recordou que “há pessoas que defendem posturas, ideias, que levam ao confronto permanente, à desunião. E esses são feridos, feridos aos quais é preciso buscar, com os quais temos que encontrar necessariamente”.
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Por último, sublinhou que “o bálsamo que Jesus Cristo entrega é necessário para construir o verdadeiro humanismo cristão, que é o humanismo que nos fala que somos cristãos, que nos diz que o outro é imagem de Deus, que nos manifesta que não podemos estragar nenhuma imagem que existe neste mundo”.
No último dia 23 de junho, a capela da Universidade Autônoma de Madri foi assaltada e parcialmente destruída mediante artefatos incendiários. Além de tentar destruir a capela, os assaltantes deixaram uma pichação com o lema “A igreja que ilumina é a que arde”, em referência ao incêndio de templos e conventos durante a II República (1931-1936) e a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Há alguns anos, grupos de esquerda empreenderam uma campanha para eliminar as capelas das universidades públicas. O caso que mais suscitou eco midiático aconteceu em março de 2011, quando um grupo de estudantes de ideologia comunista e anarquista, encabeçados pela atual conselheira do município de Madri, Rita Maestre, assaltou a capela do campus de Somosaguas da Universidade Complutense e se despiram diante do altar.
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— ACI Digital (@acidigital) 22 de abril de 2017