A Comissão Executiva da Conferência Episcopal Argentina (CEA) expressou a sua solidariedade e proximidade à “Igreja e ao povo venezuelano neste momento difícil para o nosso país vizinho”.

Em 4 de agosto, em meio a controvérsias, denúncia de fraude e rejeição da comunidade internacional e do Vaticano, o regime de Maduro instalou a Assembleia Constituinte, o que aumentou a crise social e política no país.

Desde o início dos protestos contra o governo de Maduro, em abril deste ano, cerca de 120 pessoas já morreram nas ruas.

Em 6 de agosto, como foi divulgado nas redes sociais, um pequeno grupo de militares e civis do estado de Carabobo se declarou em rebelião contra o governo de Maduro, procurando “restaurar a ordem constitucional” no país.

Durante a chamada “Operação David Carabobo”, o grupo tentou invadir o Fuerte Paramacay a procura de armas, mas foi rapidamente neutralizado pelo Exército Nacional Bolivariano.

O governo classificou o incidente de “ataque de grupos terroristas mercenários”.

Em sua mensagem, os Bispos da Argentina manifestaram a sua adesão às “diversas intervenções do Papa Francisco e seus pedidos de oração”, assim como o pedido da Santa Sé para suspender a Assembleia Constituinte, pois incentiva mais a tensão e os confrontos.

“Sentimos mais do que nunca as palavras que o Santo Padre nos recorda: ‘Onde está o seu irmão?’ (Gên. 4,9)”, expressaram os bispos.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Estas palavras “nos desafiam e também devem ser um convite ao povo argentino para acompanhar o sofrimento dos venezuelanos e intensificar a nossa oração para que Deus nos conceda o dom da sua paz”, assinalaram.

Na carta do dia 4 de agosto, o Comitê Executivo da CEA também renovou o seu “apoio e proximidade para com a Igreja venezuelana” e recordou as palavras dos bispos venezuelanos ante as eleições para a Assembleia Constituinte.

“Do fundo do nosso coração e como um sinal de fraternidade surgem duas expressões muito humanas e cristãs: uma é ‘não matar’ física ou moralmente em forma de violência e repressão que provocam mortes, pessoas feridas e presas”, disseram naquela ocasião os bispos venezuelanos.

“A outra é ‘cultiva a vida’ em meio ao povo pela solidariedade que compartilha o pão, o remédio, a vida em comum, a verdade que exalta, o bem que nos torna melhores, a fé que semeia esperança”, afirmou o episcopado venezuelano.

Finalmente, os bispos da Argentina pediram que Deus e a Virgem “abençoem a Venezuela e que os argentinos possamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para colaborar com os irmãos que sofrem por esta situação”.

Confira também: