BUENOS AIRES, 16 de jun de 2005 às 15:05
O Arcebispo de Correntes, Dom Domingo Salvador Castagna, assinalou que é impossível que “a Igreja baixe o volume de sua pregação”, em meio de uma “ensurdecedora campanha que tenta inutilmente faze-la calar”.
Dom Castagna indicou que “nossa sociedade precisa recuperar o conhecimento e a consciência de que a graça de Cristo está ao alcance de toda pessoa de boa vontade e que é impossível que a Igreja, em seus pastores e leigos comprometidos, abaixe o volume de sua pregação”.
Acrescentou que “em vinte séculos deveu enfrentar a intriga e o ódio de sucessivos e ocasionais inimigos. Não afrouxará agora. A apresentação da Verdade é um muito grave dever da Igreja, ainda em meio de cruéis perseguições. É uma Igreja que acredita na presença viva de Jesus Cristo e na ação fiel de seu Espírito. Sua missão, nos assuntos temporários, é exigência indesculpável da lei que professa."
"Acabamos de celebrar o Corpus e passeamos o Santíssimo Sacramento pelas ruas de nossos povos e cidades. Nosso propósito? Que se produza um encontro com Jesus Cristo. Que inclusive até os mais indiferentes tenham a oportunidade de estabelecer com Ele uma relação transcendente e renovadora", declarou o Arcebispo de Corrientes.
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Para Dom Castagna é urgente que Cristo seja apresentado publicamente. “Não podemos dissimular os graves obstáculos à evangelização que as atuais culturas apresentam. Achamo-los nas comunidades mais reduzidas, como um clima tóxico que polui a todos, sem excetuá-los por razão de seu nível cultural ou econômico. Penso nos dirigentes religiosos, assistidos por uma doutrina que inspira e corrige comportamentos; também nos docentes, nos protagonistas principais da política, da economia, da ciência, da justiça e da segurança", argumentou o Prelado.
O Arcebispo afirmou que o fiel cristão, agente em qualquer desses itens assume uma responsabilidade evangelizadora que não tem comparação. “É urgente que cobre consciência dessa responsabilidade. A frieza se comprova em uma sociedade que com uma percentagem tão alta de batizados que desconhece a Palavra e perdeu contato com os Sacramentos. A Igreja deve recuperar o tratamento misericordioso que necessitam os destinatários de sua ação", manifestou.
Finalmente, Dom Castagna assinalou que “existe uma desproporção abismal entre o mérito da decisão humana e a obra surpreendente de Deus. Ninguém se faz santo a si mesmo. Simplesmente deixa fazer a Deus pondo de sua parte para o gesto mais enobrecedor, o da liberdade. Para isso é preciso acreditar com firmeza e humildade".