Buenos Aires, 11 de ago de 2017 às 12:00
No dia 25 de novembro deste ano, será beatificada a Madre Catalina de Maria Rodríguez, fundadora da Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, na Argentina, notícia que foi recebida com grande alegria pela comunidade, pois o evento será realizado em sua cidade natal: Córdoba.
A cerimônia da próxima beata argentina será presidida pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato. Assim o confirmou a Santa Sé, através de uma carta enviada à comunidade.
A grande festa será um marco, pois é a primeira beatificação a ser realizada em Córdoba e na qual participarão peregrinos de toda a Argentina e poderia ter a presença de delegações do Chile, da Espanha e de Benin (África), lugares onde está presente o trabalho missionário e educativo das Irmãs Escravas.
“É uma grande alegria que a nossa fundadora, esta grande mulher que, além de religiosa, foi uma grande mãe de família, seja colocada como modelo”, disse ao Grupo ACI a Irmã Silvia Somaré, das Escravas do Sagrado Coração, em Córdoba.
“Vivemos como uma alegria, um presente de Deus, como um passo de Deus nestas terras, não como um triunfalismo, mas como a demonstração de que é possível ser bom e, ao ver exemplos como o de Catalina de Maria, encoraja todos a deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos”, acrescentou.
“Esta festa não é apenas para o mundo católico, mas para todas as pessoas de boa vontade que acreditam nos outros, que têm confiança em seus próprios dons e que queiram realmente construir um país melhor, um mundo melhor, um lugar melhor para viver”, disse a Irmã Somare.
A iniciativa da beatificação foi possível graças à intercessão de Madre Catalina de Maria na cura de Sofía Acosta, tucumana de 79 anos, que foi curada de um problema cardíaco sem explicação científica há 19 anos.
Sofía Acosta, mãe de uma professora de um colégio da congregação em Tucumán, expressou o seu agradecimento. “É uma enorme alegria para mim e para a minha família. Estou feliz, obrigado Madre por este milagre”.
O caminho de beatificação
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Catalina de Maria Rodríguez nasceu em Córdoba, Argentina, em 1823. Aos 17 anos, fez os seus primeiros exercícios espirituais e descobriu a sua vocação a Deus.
Aos 29 anos, casou-se com o coronel Manuel Antonio de Zavalía, que era viúvo e tinha dois filhos. Sua única filha morreu no parto.
Aos 42 anos, ficou viúva e, com o ressurgimento da sua vocação, formou uma comunidade de senhoras a serviço das mulheres mais vulneráveis ??para catequizá-las, ensiná-las a trabalhar e viver com elas.
Em 29 de setembro de 1872, fundou a primeira congregação de vida apostólica da Argentina: Congregação das Irmãs Escravas do Coração de Jesus.
Em 1880, Madre Catalina e 16 irmãs cruzaram as Sierras Grandes a cavalo para dar apoio na Casa de Retiros de Villa del Tránsito e no Colégio de Meninas, obras fundadas pelo Santo Padre Brochero, também da cidade de Córdoba.
Catalina de Maria Rodríguez faleceu no dia 5 de abril de 1896. Foi declarada venerável por São João Paulo II em 18 de dezembro de 1997.
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— ACI Digital (@acidigital) 4 de agosto de 2017