MEXICO D.F., 17 de jun de 2005 às 12:50
A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) condenou a onda de violência que sacudiu a zona nordeste do país nas últimas semanas, causada por membros do narcotráfico.
Em conferência de imprensa, o Conselho Permanente da CEM assinalou que as operações realizadas pelo governo só respondem a uma necessidade urgente, mas fazem falta soluções de fundo que permitam resolver os problemas existentes.
Os bispos indicaram que este problema seguirá aumentando "se não se consegue terminar com a cumplicidade entre autoridades e traficantes". Destacaram que a reação da Igreja se deve ao penoso derramamento de sangue ocorrido.
Por sua parte, o Bispo de Piedras Negras, Dom Alonso Gerardo Garza Treviño, sublinhou que é um risco para os mexicanos pensar que o país está transbordado pelo narcotráfico. "Devemos tomar cada um nosso lugar, assumir nossa posição cidadã e ser maduros, porque só assim os mexicanos podem sair ao resgate de nosso país", indicou.
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Para o Prelado, México é muito maior que o narcotráfico, ao tempo que manifestou que “não podemos cair no engano de nos sentir pequenos” com este problema.
Admitiu que, no aspecto financeiro, o país sim está transbordado, já que basta analisar o orçamento do governo para combater este mal e a estrutura dos sicários do narcotráfico.
Os prelados do Conselho Permanente da CEM exortaram energicamente a quem está envolvido no negócio das drogas para que se arrependa e troque de vida. Também pediram às famílias e aos educadores que assumam sua missão com o que lhes corresponde, igualmente aos empresários, banqueiros e à sociedade em geral a que se unam, rejeitem e denunciem o narcotráfico e a violência que dele se deriva.