A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) exortou os políticos a aceitar “tudo o que o povo livremente exprimiu nas urnas”, durante a eleição decorrida na última quarta-feira, que terminou elegendo João Lourenço como o próximo presidente da República, conforme anunciado hoje.

Esta eleição marcou o fim de quase 40 anos do governo do presidente José Eduardo dos Santos.

Segundo divulgou nesta sexta-feira a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), o Movimento Popular de Libertação Angola (MPLA) lidera com 61,10%, já tendo sido escrutinados 97,82% do total de votos.

O próximo presidente angolano, João Lourenço é atualmente vice-presidente do MPLA e exerceu também os cargos de ministro da Defesa e chefe da direção política das Forças Armadas de Angola.

Um dia após a eleição, o porta-voz da CEAST, Dom José Manuel Imbamba declarou à agência Lusa que os políticos “devem saber acatar a soberania do povo” e “olhar para a democracia como um bem”.

Segundo ele é preciso trabalhar para que “a cultura da democracia seja o pão nosso de cada dia”.

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“Como uma possibilidade que todos nós temos para podermos jogar na transparência, na Justiça, na verdade e pela Democracia que nós também teremos o jogo das alternâncias que vão fazer com que o país progrida e que cresça para o bem que todos nós desejamos”, expressou.

O Prelado ressaltou a forma ordeira como as pessoas participaram da eleição, o que, para ele, representou um ato de cidadania e de nobreza. “E só isto de fato já denota que o povo angolano é pela democracia, é pelo convívio social, é pela harmonia”, indicou.

Nesse sentido, “agora caberá aos nossos políticos saberem fazer bom uso desta nobreza que o povo demonstrou”. “É preciso que as querelas político-partidárias não sufoquem o bem comum, que é a construção do país”, expressou.

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